Pesquisar este blog

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Estudo da palavra - Hebraico antigo com a palavra "irmão"

Série de ensinos da Palavra

O hebraico antigo é uma língua fascinante e bastante reveladora. Nele se encontra um verdadeiro oásis riquíssimo de informações e conceitos semitas de mais de 4 mil anos. Junte-se a nós nesta jornada às origens do povo de Israel e da sua cultura.


por shaulbentsion
Neste episódio aprenderemos sobre a palavra "irmão".




sexta-feira, 4 de maio de 2012

CRISTIANISMO, JUDAÍSMO MESSIÂNICO E JUDAÍSMO NAZARENO - PARTE I


Por Sha’ul Bentsion(Baseado parcialmente em estudo do Rav. Moshe Koniuchowsky) 



I – OBJETIVO 

Como muitos em nosso meio possuem interesse sobre o movimento de restauração da féoriginal, mas pouco conhecem a respeito de Judaísmo Messiânico e menos ainda a respeito de Judaísmo Nazareno, resolvi fazer este pequeno estudo comparando as diferentes posições teológicas do Cristianismo, Judaísmo Messiânico e Judaísmo Nazareno. O objetivo não é discriminar crença alguma, mesmo quando discordamos dela, mas sim que possamos entender um pouco melhor até onde somos iguais, e até onde somos diferentes, e porque. 

II – CONSIDERAÇÕES INICIAIS 

Muitos estão sempre prontos a criticar qualquer estudo que use de generalizações. Contudo, a generalização é absolutamente necessária para que possamos entender os movimentos. Sabemos que sempre haverá grupos que fugirão ao padrão aqui descrito, porém é impossível relatarmos todas as possíveis e imagináveis crenças de cada grupo. Para efeito deste estudo, utilizamos os seguintes padrões: Entendemos como “padrão” para o Cristianismo o Protestantismo clássico da Reforma. Para o Judaísmo Messiânicos, tomamos como padrão a “MJAA” (Messianic Jewish Alliance of America). Para o Judaísmo Nazareno, tomamos como padrão a “UNJS” (Union of Nazarene Jewish Synagogues). Reconhecemos que ha já variações mesmo dentro de cada movimento, e algumas destas variações mais relevantesforam mencionadas. Porém é impossível aqui relatarmos todas elas. 

III – ESTUDO COMPARATIVO1 - A “IGREJA” 

- O Judaísmo Messiânico vê a “Igreja” como uma entidade distinta do “povo de Israel” (i.e. os judeus) e predominantemente “gentílica”. Ambos formariam o “corpo do Messias”, mas permaneceriam distindos e sempre haveria esta distinção pelo menos aqui na terra. Em alguns casos, até mesmo a separação entre congregações e serviços judaicos e gentílicos chega a ser encorajada. 

- O Cristianismo vê a “Igreja” como uma entidade que substitui a Israel. Chama-a, embora sem base bíblica alguma, de “Israel Espiritual”. Os judeus que creem no messias teriam se“convertido” e agora fariam parte desta “Igreja” (que, naturalmente, também possui predominância “gentílica”). 

- O Judaísmo Nazareno diz que não existe uma entidade chamada “Igreja” separada de Israel,que sempre foi e sempre será o povo da aliança. De acordo com o Judaísmo Nazareno, não existe “a Igreja” como na concepção cristã. O corpo do Messias sempre foi e sempre será Israel, composta predominantemente de judeus e efraimitas (remanescentes das 10 tribos agora restaurados) que amam e seguem a D-us, juntamente com aqueles que se convertem a Israel (vide o caso de Rute e Raabe). Esta é a “Assembléia/Congregação” de Yeshua. A“Assembléia/Congregação” é uma, a mesma de sempre. 


2 – CRENTES “GENTIOS” 

- O Judaísmo Messiânico entende que, de um modo geral, os “gentios salvos” como não sendo israelitas, não tendo sangue israelita algum, e não tendo nenhum argumento legítimo de descender fisicamente dos patriarcas Avraham, Yitschak e Ya’akov. Crêem que os “gentiossalvos” que alegam descender fisicamente de judeus ou têm algum sangue judeu, ou então vivendo um engano. A idéia de que um crente não-judeu possa ser um israelita não-judeu (isto é, descendente das demais tribos) é vista como sendo errônea. 

- O Cristianismo por sua vez normalmente crê numa distinção (inexistente biblicamente) entre“judeus físicos” (numa alusão aos filhos de Israel), e os “judeus espirituais”. Um “gentio salvo”,assim como um “judeu salvo”, seriam “judeus espirituais”. 

- O Judaísmo Nazareno crê que a grande, esmagadora maioria dos seguidores não-judeus de Yeshua são de fato israelitas – mais especificamente, efraimitas (descendentes das 10 tribos),que foram dispersos entre as nações gentílicas a partir de 721 AC. Eles um dia foram “lo ami”(considerados como não sendo povo de D-us), mas foram restaurados (vide 2 Kefá/Pedro 2:10)conforme a promessa de Hoshea (Oséias), através do Messias de Israel. Estes “gentios” na verdade são israelitas, e foram lavados, remidos e despertados para sua identidade israelita através do cumprimento das promessas em Yeshua HaMashiach. Seu reconhecimento com semente de Efraim e sua união com Yehudá (Judá) é importante para a restauração do Reino.Vale porém ressaltar que o Judaísmo Nazareno não afirma que eles se tornaram “judeus” ou substituem a Yehudá (Judá). O Judaísmo Nazareno busca a união das duas casas de Israel(Yehudá e Efraim). 


3 - SALVAÇÃO 

- O Judaísmo Messiânico vê o reajuntamento, a identificação, e as alegações dos crentes não-judeus de que são efraimitas como uma heresia. Crêem que o conceito de duas casas de umaúnica entidade, Israel, é “salvação por DNA”, ou “salvação por sangue”, ao invés de ser salvação pela graça através da fé. Pensam que os que crêem nas duas casas pregam que asalvação é só para Israel, isto é, que os gentios não teriam salvação. Eles crêem na realidadeda salvação no sangue de Yeshua, mas negam a realidade do reajuntamento de Israel (as 10 tribos que estavam afastadas) como sendo parte da salvação. Infelizmente, em muitas comunidade acaba se criando “duas classes” de salvos, os “salvos judeus” e os “salvosgentios”.

- O Cristianismo vê a salvação como sendo também pela graça através da fé, pelo sangue do Messias Yeshua. Crê, embora isso não seja dito de forma muito aberta por razões políticas,que o Israel físico que não “se converter” vai direto pro inferno. Muitas vezes igualam o “crer em Yeshua” como o “se tornar cristão”, e vêem a salvação como forma de uma pessoa passar a pertencer ao “Israel espiritual”. Costumam ignorar a questão efraimita como um todo. 

- O Judaísmo Nazareno, ao contrário do que pensam alguns de nossos opositores, vê a salvação como sendo uma dádiva gratuita a todo aquele que crê. Cremos na mesma salvação pela graça, por meio da fé. Contudo, o Judaísmo Nazareno ensina que de fato a semente de Efraim cumpriu a profecia de uma multiplicidade dada aos patriarcas, e vê o reajuntamento das“ovelhas perdidas” como de fato sendo um cumprimento literal de uma promessa, e crê sim que a grande maioria dos salvos são de fato descendentes físicos das 10 tribos, restaurados pela fé em Yeshua. Contudo, admite-se também que existem aqueles que não são de origem israelita(embora minoria), mas que ao aceitarem o D-us de Israel, e o Messias de Israel, passam afazer parte de Israel, sem distinções. Rejeitamos qualquer parede de separação no povo de D-us. 


4 – COMUNIDADE DE ISRAEL 

- O Judaísmo Messiânico vê a comunidade de Israel como sendo formada pelos judeus messiânicos mais “a igreja gentílica”, enxertada em Israel. Dentro da comunidade de Israel,contudo, o Judaísmo Messiânico muitas vezes faz distinção entre judeus e não-judeus,tratando-os como entidades separadas, apesar das alegações do contrário. Muitas comunidades, embora isto esteja gradativamente mudando, crêem em dois padrões, um para a“igreja gentílica” e outro para o movimento messiânico. A Torá é um privilégio e um “fardo” que somente os judeus messiânicos podem carregar e participar. Alguns grupos dizem que os“gentios” não devem praticar a Torá. Outros dizem que podem, mas é opcional. 

Normal mente recomendam as “leis noéticas” rabínicas, ou os requisitos de Atos 15. 

- O Cristianismo, embora possa não admitir isto na teoria, na prática crê que são os “judeus salvos” que se enxertam na “Igreja”, ao contrário do que diz Romanos 11. Normalmente não só não crêem na prática da Torá, como muitas vezes até encorajam judeus “convertidos” a deixarem de lado esta prática. Crêem que a graça é “incompatível” com as “leis de Moisés”. 

- O Judaísmo Nazareno crê que todos na comunidade de Israel, incluindo judeus, efraimitas restaurados e conversos ao povo de Israel, têm todos os privilégios de cidadania. Crê que é mais importante a pertinência ao corpo do Messias (Israel) do que uma distinção entre tribos,ou mesmo entre quem é natural e quem é convertido a Israel. Todos os membros do corpo são israelitas, seja por nascimento (judeus e efraimitas, a grande maioria do corpo) ou por adoção(gerim – convertidos). Israel sempre foi, e sempre será o povo da aliança. Não existe Israel físico e Israel espiritual, mas sim um único Israel. Todos os israelitas devem se esforçar ao máximo para viverem na Torá, e são responsáveis por isto à medida em que vão aprendendo. Aos efraimitas, que estão retornando, o Conselho dos Nazarenos em Atos 15 deu a recomendação de começar com um padrão mínimo, e irem evoluindo à medida em que aprendiam a Torá nas sinagogas (vide Atos 15:21). Não existe distinção entre um judeu nazareno e um israelita nazareno. 


5 – ISRAEL FÍSICO X ISRAEL ESPIRITUAL 

- Na teoria, o Judaísmo Messiânico é radicalmente contra a noção de “Israel Físico” x “Israel Espiritual”. O Judaísmo Messiânico corretamente diz que só existe um Israel. Porém, na prática, muitos grupos ao crerem em uma entidade chamada “Igreja” acabam adotando a mesma crença em um “Israel Físico” e outro “Espiritual”, porém com uma mudança terminológica. Contudo, em comparação com o Cristianismo, o Judaísmo Messiânico tem o ponto positivo, de ser fortemente contrário à maligna teologia da substituição, a qual diz que Israel foi substituído pela Igreja. Porém, mesmo que sem terem a intenção, ao crerem numa entidade à parte chamada “Igreja”, acabam continuidade à batalha entre Yehudá (Judá) eEfraim pelo reconhecimento como sendo o “Israel legítimo”. Infelizmente, o Judaísmo Messiânico tem contribuído fortemente para a parede de separação entre judeus e efraimitas. 

- O Cristianismo tradicional crê na teologia da substituição. Trocando em miúdos: Israel falhou e foi substituída por uma entidade chamada “Igreja”, que é o Israel espiritual. Alguns grupos ainda reconhecem que há determinadas promessas feitas para o “Israel Físico”, outros grupos dizem que a “Igreja” se tornou herdeira das bênçãos de Israel (curiosamente foi apenas das bênçãos, e não das aflições). Crêem que esse “Israel Espiritual” é formado por “judeus espirituais”, ou seja, cristãos. 

- O Judaísmo Nazareno crê que não existem duas noivas do Messias, e também que D-us não pode ter duas esposas. Como D-us já escolheu a Israel como esposa, não a rejeitará. A noivado Messias, o corpo do Messias, é Israel. A noiva é composta por judeus e por efraimitas, quer conheçam suas origens quer estejam sendo restaurados. A casa de Yehudá (Judá) e a casa deEfraim, os dois reinos dividos, são feitos um com a queda da parede de separação, e como Israel restaurado formam a noiva do Messias. Como já dissemos antes, os gentios que se achegam à fé em sua grande maioria são efraimitas, isto é, descendentes das 10 tribos dispersas. Existem também gentios não-efraimitas, mas que se tornam israelitas por opção, ao desejarem se juntar ao povo de Israel como fizeram Ruth e Rahav (Raabe). Não existemisraelitas físicos e outros espirituais. Existem apenas israelitas físicos, espiritualmente restaurados. Esta nação única é o Israel físico e espiritual. Portanto não existe sentido nesta briga entre Yehudá (Judá) e Efraim, que começou logo depois do reinado de Shlomo HaMelech(o rei Salomão), mas que há de acabar. 


6 – DISTINÇÕES RACIAIS 

- O Judaísmo Messiânico frequentemente alega não fazer distinções raciais no corpo do Messias, mas isso nem sempre é verdade em todas as congregações. A noção de que “judeus e gentios” foram grupos de pessoas diferentes muitas vezes gera uma divisão. Termos como“judeu messiânico” e “gentio messiânico” são frequentes, enfatizando uma diferença nacional e étnica no povo de D-us. Infelizmente, o Judaísmo Messiânico permanece no mesmo erro de se recusar a ver o retorno dos efraimitas, as ovelhas perdidas da casa de Israel que estavam dispersas e misturadas entre as nações. O grau de distinção nas comunidades messiânicas varia muito. Em algumas, preticamente não há distinção. Em outras, ocorrem distinções dentro da congregação. Outras ainda chegam a recomendar que os gentios fiquem em suas “igrejas”,deixando as sinagogas para os judeus.

- Embora o Cristianismo leve vantagem sobre o Judaísmo Messiânico ao não fazer diferenciação nas congregações, existe ainda muita discriminação e anti-semitismo nas igrejas cristãs. Como o Cristianismo é muito diversificado, isto varia muito de igreja para igreja. Mas,no geral, vêem os judeus como um povo que, não crendo no Messias, se não se arrepender irápara o inferno. Esquecem-se de que a rejeição dos judeus é parte do plano de D-us para restaurar as nações. Esquecem-se de que D-us prometeu salvar a todo Israel. Normalmente, o Cristianismo realiza um verdadeiro holocausto espiritual tentando “converter” os judeus ao Cristianismo.

- O Judaísmo Nazareno crê que quando os membros do corpo se dão conta de que, sendo judeus, efraimitas, ou mesmo israelitas por opção, na realidade agora são parte da comunidade de Israel, a questão da raça perde importância. Somos todos o mesmo povo ao qual D-ussempre amou e do qual D-us sempre cuidou. Rav. Sha’ul (Paulo), nos originais semitas, dizque “não existe judeu ou arameu”. A palavra “arameu” era frequentemente usada para se referir àqueles que haviam se dispersado na região da Assíria. Ou seja: as 10 tribos perdidas de Israel! Não importa a que tribo pertençamos, somos todos israelitas! Como semente de Avraham (Abraão), nossa nação (Israel) é uma nação de sacerdócio real. Portanto, o foco deixa de ser na lacuna entre dois grupos, e passa a ser na restauração do Reino de Israel, em sua plenitude, conforme prometido pelos profetas! O conceito de “dois corpos”, ou “dois grupos”, ou ainda um “Israel físico” e outro “espiritual”, são divisões dos homens, doutrinas destrutivas, fruto da imaginação de grupos religiosos, e que não se encontra em lugar algumnas Escrituras. Tão certo quanto só há UM D-us, UMA Palavra, e UM Messias, só existe UM povo escolhido. 


7 – A RESTAURAÇÃO DO REINO DE ISRAEL 

- O Judaísmo Messiânico tem crenças variadas a este respeito. Alguns crêem que este evento já ocorreu, ou no tempo do rei Josias, ou no tempo em que Yehudá (Judá) retornou daBabilônia. Outros crêem que isto ocorreu com o retorno dos judeus a Israel em 1948. Outros ainda crêem que a restauração está ocorrendo gradativamente, e que culminará no reajuntamento das 10 tribos perdidas no advento do Messias.

- O Cristianismo, por normalmente minimizar a questão do que eles chamam de “Israel Físico”,normalmente não dá muita importância à questão. Alguns grupos atualmente ainda olham para Israel como sendo o cronômetro para o fim-dos-tempos. Contudo, pouco é dito acerca do reajuntamento das tribos perdidas.

- O Judaísmo Nazareno crê que esta restauração esteja sendo gradativa, mas que ainda não tenha ocorrido devido a uma série de fatores. Primeiramente, os talmidim (discípulos)perguntaram a Yeshua quando isto ocorreria, portanto o evento não poderia ter sido o retornode Yehudá (Judá) na época do rei Josias, ou da Babilônia. Da mesma forma, o Judaísmo Nazareno crê que o retorno de Yehudá (Judá) à terra prometida em 1948 é um passo nesta direção, assim como também é um passo nesta direção a restauração gradativa de Efraim. Contudo, o evento descrito em Ezequiel 37 é um reajuntamento e um retorno completo, de todas as tribos, e não um reajuntamento parcial somente de Yehudá (Judá). Além disto, a restauração será acompanhada da gravação das leis de D-us no coração, e do fim do pecado.Isto só ocorrerá quando o Messias retornar. Atualmente, Efraim ainda ama o paganismo, oculto ao deus-sol, e Yehudá (Judá) ainda está imerso em esoterismo. A plenitude ocorreráquando o Messias regressar, quando a grande maioria em Yehudá (Judá) o aceitará como rei,para reinar sobre todo o Israel. 


8 – TEOLOGIA DA SUBSTITUIÇÃO 

O Judaísmo Messiânico rejeita a teologia da substituição com todas as suas forças, e faz tudo o que pode para eliminar esta doutrina de demônios dos meios teológicos. Contudo, trágica e ironicamente, acaba incidentalmente a fomentando quando propaga a idéia errada de queexiste um grupo chamado "Igreja" distinto de Israel. 

- No Cristianismo, a teologia da substituição é extremamente comum.Embora alguns grupos já estejam começando a abrir os olhos e rever esta crença, a grande maioria das igrejas ainda propaga esta doutrina de que os cristãos são o "Israel Espiritual". Esta doutrina anti-semita, demoníaca e sem base bíblica tem sido o principal motivo para a perseguição tanto física (cruzadas, inquisições, etc.) quanto espiritual (evangelismo agressivo, conversões, etc.) dos judeus. É com base nesta doutrina diabólica que chegam à conclusão de que a "Igreja"será arrebatada antes da tribulação (algo que não tem base bíblica alguma) e que Israel "se lascará sozinho" durante o reinado do antimessias. 

- Como o Judaísmo Nazareno crê que Israel sempre foi e sempre será o mesmo, física e espiritualmente, e que os que seguem a Yeshua ou sãoefraimitas restaurados (grande maioria) ou pessoas que se tornaram israelitas por opção, deixa de fazer sentido a idéia de uma possívelteologia da substituição. A idéia de que existam "duas noivas" ou"dois corpos" é uma doutrina estranha propagada pelo inimigo para trazer divisão em Israel. Tal qual o Judaísmo Messiânico, o Judaísmo Nazareno é radicalmente contra a diabólica teologia da substituição.Porém, ao contrário do Judaísmo Messiânico, o Judaísmo Nazareno propõe uma solução teológica que não faz distinção de raças. 

- O Judaísmo Messiânico rejeita a teologia da substituição com todas as suas forças, e faz tudo o que pode para eliminar esta doutrina de demônios dos meios teológicos. Contudo, trágica eironicamente, acaba incidentalmente a fomentando quando propaga a idéia errada de queexiste um grupo chamado “Igreja” distinto de Israel. 

- No Cristianismo, a teologia da substituição é extremamente comum. Embora alguns grupos já estejam começando a abrir os olhos e rever esta crença, a grande maioria das igrejas ainda propaga esta doutrina de que os cristãos são o “Israel Espiritual”. Esta doutrina anti-semita, demoníaca e sem base bíblica tem sido o principal motivo para a perseguição tanto física(cruzadas, inquisições, etc.) quanto espiritual (evangelismo agressivo, conversões, etc.) dos judeus. É com base nesta doutrina diabólica que chegam à conclusão de que a “Igreja” será arrebatada antes da tribulação (algo que não tem base bíblica alguma) e que Israel “se lascará sozinho” durante o reinado do antimessias. 


9 – SHABAT E MOEDIM 

- O Judaísmo Messiânico procura observar o Shabat, Rosh Chodesh (Lua Nova) bem como osdemais festivais bíblicos apontados pelo Eterno, e descritos na Torá. Porém, normalmentedizem que para os “gentios” esta celebração é vista como opcional. 

- O Cristianismo, salvo raras exceções, normalmente não observa os festivais do Eterno. Ao invés disto, observa festas da tradição romana (Natal, Páscoa, domingo, etc.) que infelizmente possuem raízes no paganismo. Em alguns casos mais extremados, a celebração das festas do Eterno chega a ser vista como algo errado, fruto de quem “não está na graça”. 

- O Judaísmo Nazareno também procura observar o Shabat, Rosh Chodesh (Lua Nova) bemcomo os demais festivais bíblicos apontados pelo Eterno, e descritos na Torá, e enfatiza que todos aqueles que amam ao Eterno devem participar de tais celebrações. 


10 – OBSERVÂNCIA DA TORÁ 

- Neste ponto, também há divergências dentro do Judaísmo Messiânico. Alguns grupos crêem que a observância da Torá para os “gentios” é totalmente opcional, e que a insistência de que os “gentios” devam observar a Torá é legalismo. Normalmente estes grupos ignoram que a própria Torá proíbe termos “duas leis” distintas. Ou seja: proíbe a criação de classes no Reino. 

Estes grupos costumam manter a muralha que foi erguida em volta da Torá pelo Judaísmo tradicional, tornando-a um privilégio apenas para judeus ou, no máximo, para alguns “gentios”que têm um “chamado especial”. Outros grupos já reconhecem que Atos 15 estabelece um mínimo para que o “gentio” aprenda a Torá gradualmente, e que a Torá é para todo o povo de D-us.- O Cristianismo tradicional rejeita a Torá. Da Torá, mantêm apenas 12 mandamentos: os “9mandamentos” (isto é, os 10 menos o Shabat), o de amar ao próximo como a si mesmo, o de amar a D-us sobre todas as coisas, e o do dízimo. Os demais mandamentos são descartados sem o menor critério. O Cristianismo tradicional confunde lei com legalismo, e acha que o problema está nas leis de D-us. Alguns grupos minimizam a observância da Torá, outros adescartam, outros ainda crêem que quem observa a Torá “caiu da graça”. 

- O Judaísmo Nazareno crê que existe somente uma Torá para o povo de D-us. Tanto judeus,quanto efraimitas restaurados (que representam a maioria dos que crêem), quanto israelitaspor opção devem guardar a Torá. O Judaísmo Nazareno reconhece que Atos 15 recomenda que aos novos na fé, deve ser dado o leite, e que gradativamente os mesmos devem ser ensinados na Torá. Uma vez que se atinja a maturidade, é não somente um privilégio observar a Torá, como é mandamento divino. A Torá foi dada a todos os filhos de Israel e, através da dispersão de Efraim, foi oferecida em todas as nações. Agora, a Torá pode ser cumprida em seu pleno propósito através da fé em Yeshua HaMashiach. Todos os filhos de Israel devem lembrar que a Torá foi dada a nossos pais no Monte Sinai de forma eterna e irrevogável. 
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...