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sábado, 4 de fevereiro de 2012

O Ovo da Serpente no Seder de Pessach?

Por Sha'ul Bentsion - www.torahviva.org


 
Nossa história começa na Mesopotâmia, na antiga região de Bavel (Babilônia). Esse é o berço de uma deusa conhecida como a “Rainha dos Céus”. Ishtar era a deusa da fertilidade. Ishtar foi conhecida por diversos nomes, tais como Innana, Oestre, Asherah, e tendo inspirado outras deusas da mitologia de outros povos tais como Afrodite e Isis. A quantidade de culturas que a veneravam atesta para sua grande popularidade. O culto a Ishtar teve sua origem na região da Babilônia nos tempos primitivos, tendo sido adorada através de diversos templos e santuários nas regiões em torno do Tigre e do Eufrates. A popularidade de Ishtar se explica pelo fato de ser considerada a deusa da fertilidade, o que em sociedades agrárias representava muito.

A Mitologia de Ishtar

Na mitologia Babilônia, Ishtar teve muitos amantes, mas um em particular era pranteado por seu destino trágico: Tamuz (também conhecido como Dumuzi), o deus da colheita. Segundo os relatos encontrados nas tábuas sumérias e acadianas, tais como o texto “O Cortejo de Innana e Dumuzi”, Ishtar teria descido ao mundo dos mortos para tentar usurpar o trono de sua irmã- gêmea.
Para adentrar o local, precisou passar por 7 portões, deixando uma peça de roupa em cada. Ao chegar à sala do trono, estava completamente nua. Mesmo assim, assentou-se no trono. Sua arrogância teria despertado a ira dos demais deuses babilônios, que a teriam matado. Ishtar teria enviado Tamuz juntamente com seus próprios demônios para pedir ajuda a alguns deuses.
Porém, para ser livrada da morte, apontou Tamuz para morrer em seu lugar.
Desde que teria roubado as chamadas tábuas do destino, Ishtar tornou-se conhecida como a “Rainha dos Céus”. Desse título deriva o nome Innana, que J. Gelb em sua obra “The Name of the Goddess Innin” aponta como sendo derivado de “Nin Anna”, que significaria em acadiano “senhora do céu”.
Ishtar/Innana era também a filha de Sin, antigo deus-lua da região da mesopotâmia. Seu nascimento estaria associado à lua cheia, que igualmente simbolizava a fertilidade. Afinal, a lua cheia representava o momento da abundância lunar, e a lua tinha papel importante na agricultura. Por ser a deusa da fertilidade, era portanto celebrada especialmente na primeira lua cheia da primavera.

A Deusa-Meretriz
O culto a Ishtar continha em seu cerne atos de prostituição ritual. Pois, a partir da sua posição enquanto deusa da fertilidade, Ishtar também governava sobre o sexo, isto é, sobre a fertilidade humana. Ishtar/Innana, era portanto conhecida como “a meretriz”, embora o termo não fosse considerado pejorativo entre seus seguidores. Ao lado, a figura de um vaso de cerca de 4 mil anos, exposto no Louvre, ilustra o aspecto de meretriz através da grande ênfase no triângulo genital da imagem.
Um dos hinos a Ishtar/Innana, recuperados entre os manuscritos sumérios, o “Hino a Innana como Ninegala”, diz o seguinte:

“Quando os servos soltam os rebanhos, e quando o gado e as ovelhas retornam ao curral e ao aprisco, então, minha senhora, como os pobres sem nome, tu vestes uma única vestimenta. As pérolas de uma meretriz são colocadas em volta de teu pescoço, e é provável que captures um homem da taverna”.




O Ovo e o Nascimento de Ishtar

Um dos principais símbolos da adoração à deusa Ishtar está no uso litúrgico do ovo. O ovo era considerado na religião babilônia como sendo um símbolo de fertilidade.
A história mitológica do nascimento de Ishtar é o que a une ao uso litúrgico do ovo pode ainda ser encontrada na mitologia síria, na qual Ishtar era conhecida como Ashtarte. Um texto romano de cerca do século 2 ou 3 DC, erroneamente atribuído ao historiador Higino, narra o tema da seguinte forma:
“No rio Eufrates, um ovo de maravilhoso tamanho é dito ter caído, o qual foi rolado para a margem pelos peixes. Pombas se assentaram sobre ele e, quando se aqueceu, chocou Ashtarte, que foi posteriormente chamada de 'A Deusa Síria'. Uma vez que ela excedeu em justiça e retidão, por razão de um favor concedido por Zeus, os peixes foram contados com as estrelas, e por causa disso os sírios não comem peixe ou pombas, considerando que são deuses”.
A partir dessa história mitológica, o ovo tornou- se um dos símbolos da deusa Ishtar, passando a ser usado de forma litúrgica em sua adoração. Além de fazerm parte de refeições litúrgicas, os ovos eram decorados com motivos religiosos e arte abstrata, sendo usados como enfeites decorativos. Até hoje, a Pérsia e o Irã retêm o costume de pintar ovos como comemoração ao “Norouz”, que é o ano novo do Zoroastrismo. Ao lado, um exemplo dessa tradição:
Onde quer que houvesse influência do culto a Ishtar, o ovo estava presente como parte da comemoração de festas da primavera. O ovo sobre as águas também passou a figurar como uma alegoria mitológica à própria criação do mundo. Ao lado, um exemplo na cultura egípcia do “ovo mundano”. O ovo é reverenciado sobre a Ankh, símbolo que representa a união entre Isis e Osíris.
Abaixo, duas imagens clássicas, do livro “Mythology” vol. 3 de Bryant, mostram à esquerda o Ovo de Heliópolis, a cidade egípcia do deus-sol. Esse ovo tem sobre si a figura do crescente visível, associado à adoração do deus-lua Sin, pai de Ishtar/Innana. À direita, o Ovo de Tifon, da mitologia grega – que ilustra sua associação com Afrodite, a contraparte grega de Ishtar. 


Israel e Ishtar nos Tempos Antigos
Considerando que o culto à deusa Ishtar é bastante primitivo e difundido, a relação entre Israel e Ishtar começou bastante cedo. Sobre isso, a Enciclopédia Judaica afirma:
“Astarte é o nome fenício de uma deusa-mãe semita primitiva, da qual as mais importantes divindades semitas se desenvolveram. Ela era conhecida na Arábia como “Athtar”, e na Babilônia como “Ishtar”. Seu nome aparece no Antigo Testamento (Melachim Alef/1 Reis 11:5; Melachim Beit/2 Reis 23:13) como “Ashtoret”, uma distorção de “Ashtart”, feita a partir da analogia de “Boshet” (compare com Jastrow, em “Jour. Bibl. Lit.” 13:28, nota). Shlomo (Salomão) teria erguido um lugar alto para ela próximo a Yerushalayim (Jerusalém), o qual teria sido removido durante a reforma de Yoshiyahu/Josias (Melachim Alef/1 Reis 11:5,33; Melachim Beit/2 Reis 23:12). Astarte é chamada nessas passagens de “a abominação dos sidônios” porque, como as inscrições de Tabnith e Eshmunazer mostram, ela era a principal divindade daquela cidade (vide Hoffmann, “Phönizische Inschriften,” 57, e “C. I. S.” No. 3). Em países fenícios, ela era a contraparte feminina de Ba'al, e certamente foi adorada com ele pelos hebreus, os quais em alguns momentos se tornaram seus devotos. Isto é provado pelo fato de que Ba'alim e Ashtarot são usados diversas vezes (Shoftim/Juízes 10:6; Sh'muel Alef/1 Samuel 7:4 e 12:10)..”.
De fato, isso aparece bem cedo nas Escrituras:
“Tornaram os filhos de Israel a fazer o que era mau perante YHWH e serviram aos ba’alim, e a Ashtoret, e aos deuses da Síria, e aos de Sidom, de Moabe, dos filhos de Amom e dos filisteus; deixaram YHWH e não o serviram.” (Shoftim/Juízes 10:6)
Podemos perceber, portanto, desde cedo que os israelitas começaram a seguir a Ishtar, e que isso foi considerado abominação por Elohim. Até mesmo Shlomo (Salomão) caiu em tal pecado:
“Shlomo seguiu a Ashtoret, deusa dos sidônios, e a Milcom, abominação dos amonitas.” (Melachim Alef/1 Reis 11:5)
Todavia, após a reforma realizada por Yoshiyahu (Josias), conforme a própria Enciclopédia Judaica afirma, o povo voltou para as práticas bíblicas, para a fé em Elohim, e deixou a abominação de lado, pelo menos temporariamente:
“O rei profanou também os altos que estavam defronte de Yerushalayim, à mão direita do monte da Destruição, os quais edificara Shlomo, rei de Israel, para Ashtoret, abominação dos sidônios, e para Quemos, abominação dos moabitas, e para Milcom, abominação dos filhos de Amom.” (Melachim Beit/2 Reis 23:12)
 Porém, o povo de Yehudá (Judá) voltaria a adorar Ishtar após o seu retorno do exílio de Bavel (Babilônia). Essa adoração foi novamente denunciada, dessa vez pelos nevi’im (profetas), conforme a Enciclopédia Judaica afirma:
“Yirmiyahu/Jeremias (7:18; 44:17,18) e Yehezkel/Ezequiel (8:14) atestam para várias formas dessa adoração [a Ishtar] em seu tempo, a qual pode se referir a uma importação direta da Babilônia. O uso sacrificial de sangue de porco (Isa. 65:4 e 66:3) podem ser uma referência a esse tipo de culto similar ao que é conhecido no Chipre, onde porcos eram sacrificados a Astarte (“Jour. Bibl. Lit.” 10:74 e “Hebraica,” 10:45,47)”
De fato, Yirmiyahu (Jeremias) denuncia a prática, ao afirmar:
“Acaso, não vês tu o que andam fazendo nas cidades de Yehudá e nas ruas de Yerushalayim? Os filhos apanham a lenha, os pais acendem o fogo, e as mulheres amassam a farinha, para se fazerem bolos à Rainha dos Céus; e oferecem libações a outros deuses, para me provocarem à ira.” (Yirmiyahu/Jeremias 7:18)
Yehezkel cita ainda a prática de adoração ao consorte de Ishtar, Tamuz:
“Levou-me à entrada da porta da Casa de YHWH, que está no lado norte, e eis que estavam ali mulheres assentadas chorando a Tamuz.” (Yehezkel/Ezequiel 8:14)


O Retorno às Práticas Babilônias
Algum tempo depois do exílio, algumas seitas judaicas, por razões de perseguição religiosa e tentativa de domínio sobre a vida eclesiástica do povo de Israel, passaram a seguir o calendário babilônio que, à época, fora popularizado pelos siro- fenícios como um calendário internacional.
Á época, eram muito raros os calendários inteiramente civis, o que significava que os calendários estavam profundamente associados às práticas religiosas. E o calendário babilônio não era diferente. Assim como costumes associados ao ano-novo babilônio, conhecido como festival do de Akitu, foram incorporados pelo Judaísmo, o mesmo ocorreu com alguns costumes da festa da fertilidade de Ishtar. Um deles, pode- se dizer, a celebração do Pessach associada à lua cheia.
Para maiores informações sobre a controvérsia calêndrica em Israel, bem como sobre a adoção do calendário babilônio por parte de alguns segmentos do Judaísmo, vide nossa série de estudos sobre o calendário.



Ishtar à mesa de Elohim
Outra influência que pode ser observada no Judaísmo Ortodoxo é a presença do ovo de Ishtar no Seder (“jantar”, na realidade “serviço” ou “ordem”) de Pessach!  A figura abaixo mostra um tradicional prato de Pesach (a “Páscoa” judaica) contendo os elementos que são usados no ritual litúrgico:
Podemos observar os seguintes elementos:
Ervas amargas, conforme indicado em Shemot (Êxodo) 12:8
Vegetais, simbolizando as primícias da época da primavera, que remontam a Vayicrá (Levítico) 23:10
O osso chamuscado do cordeiro – embora para muitos seguidores de Yeshua esse rito não seja realizado, podemos ainda dizer que tem relação com o Corban Pessach (sacrifício de Pessach), que era um cordeiro.
O ovo da deusa Ishtar! Será coincidência a presença de um ovo, que não tem absolutamente nada a ver com a narrativa bíblica da saída de Mitsrayim (Egito) mas que tem tudo a ver com a festa da fertilidade de primavera da deusa Ishtar, estar presente numa festa cuja época se encaixa com tal festa pagã?
 As explicações para a presença desse verdadeiro ovo de serpente no seder judaico são as mais variadas. Explicações extraoficiais tais como “a sorte gira” ou “o ovo simboliza a vida” (faltou ressaltar que simboliza a vida em culturas pagãs), são dadas das formas mais variadas e inusitadas.
Mas fato é que esse embaraço permanece contaminando as mesas judaicas até os dias de hoje, e ninguém sabe explicar como lá apareceu.
A explicação “oficial” do Judaísmo é dada por Shaina B. Lipskier, que afirma o seguinte:
“Os dois simbolismos do ovo não devem ser confundidos: Ele é 'exibido' no prato do Seder para comemorar a oferta de chaguigá [oferta festiva]. Ele é “comido” antes da refeição como sinal de pranto”.
Ora, a oferta a que Shaina B. Lipskier se refere seria supostamente uma oferta “adicional” oferecida juntamente com o Corban Pessach (sacrifício de Pessach), que era comida como “entrada” para o corban pessach. Só existe um pequeno detalhe: A Torá jamais menciona tal oferta.
E, ainda assim, seria estranho imaginar que um ovo (mesmo cozido ou assado) faria alusão a uma oferta queimada. E mais estranho ainda que o ovo simbolizasse o luto.
Na realidade, a oferta adicional existe, e o luto também. A oferta é feita à deusa Ishtar, e o luto é todo de Elohim, que mais uma vez vê o seu povo absorver costumes de Bavel (Babilônia), contrariando a Sua Torá, que afirma:
“E não andeis nos costumes das nações que eu expulso de diante de vós, porque fizeram todas estas coisas; portanto fui enfadado deles.” (Vayicrá/Levítico 20:23)
Yeshua advertiu os líderes do povo ao dizer:
“Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homem.” (Matitiyahu/Mateus 15:9)


Conclusão
Devemos tomar muito cuidado com a idolatria a tudo o que é judaico. Nem tudo o que reluz é ouro, como diz o ditado popular. Elohim nos chamou e nos determinou especificamente que deixássemos o sistema religioso de Bavel (Babilônia). Todavia, existe ainda muito pouco cuidado por parte dos israelitas no que diz respeito à pesquisa das origens do que está por detrás das práticas do Judaísmo Rabínico.
Muitas práticas pagãs, babilônias e de outras religiões, foram incorporadas ao longo dos séculos, e é preciso analisá-las à luz da Bíblia.  Ao participar do Pessach, não o façamos de forma leviana, mas sim entendendo que temos a responsabilidade de nos atermos à pureza da fé bíblica. Assim como Sha’ul (Paulo) nos afirma que Belial não tem parte com a Casa de Elohim, da mesma forma o ovo da serpente, um dos ícones da deusa-meretriz, não deve ter parte da mesa de Elohim.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Origem Pagã Do Oficio Papal

NINRODE, O REI e fundador da Babilônia, não foi apenas um líder politico, foi também um líder religioso. Ele foi um rei sacerdote. De Nimrode descendeu uma linha de reis-sacerdotes” - cada um ficando como cabeça do mistério religioso babilônico. Esta linha continuou ate os dias de Belsazar a respeito de quem lemos na Bíblia. Muitos estão familiarizados com a festa que ele fez em Babilônia quando a escrita misteriosa apareceu na parede. Alguns tem falhado em reconhecer, contudo, que esta reunião foi mais do que uma simples festa social! Foi, sim, uma reunião religiosa, uma celebração dos mistérios babilônicos dos quais naquele tempo Belsazar era o cabeça. "Eles beberam vinho, e deram louvores aos deuses de ouro, e de prata, de cobre, de ferro, de madeira, e de pedra" (Dan. 5:4). Acrescentando a blasfêmia da ocasião o beberem vinho dos santos vasos do Senhor que haviam sido tirados do templo de Jerusalém. Esta tentativa de misturar aquilo que era santo com o paganismo, trouxe julgamento divino. A Babilônia foi marcada para juízo.

A antiga cidade esta agora em ruínas, desabitada, (Jer. 50:39; 51:62). Existe uma estrada de ferro que vai de Bagda a Basra que passa perto. Um sinal escrito em Inglês e Arabe, diz: "Parada da Babilônia. Os Trens param aqui para apanhar passageiros" Os únicos passageiros, contudo, são turistas, que vem para observar as ruínas. Mas, embora a cidade tivesse sido destruída, os conceitos que foram uma parte da antiga religião da Babilônia sobreviveram!

Quando Roma conquistou o mundo, o paganismo que havia se espalhado partindo da Babilônia e se desenvolvido em varias acoes, foi absorvido pelo sistema religioso de Roma. Isto incluía a ideia de um Supremo Pontífice (Pontífice Máximo). Assim sendo, o paganismo babilônico, que havia sido originalmente levado sob o reinado de Nimrode, estava unido com o reinado de um homem em Roma: Júlio César. Era o ano de 63 a.C. quando Júlio César foi reconhecido oficialmente como o "Pontifex Maximus" da religião de mistérios agora estabelecida em Roma.

Para ilustrar como este título foi usado pelos Cesares, mostramos aqui uma velha moeda romana de César Augusto (27 a.C. a 14 A.D.) com seu título como o "Pont Max", o cabeça dos mistérios. E interessante notar que moedas tais como esta estavam em circulação durante os dias do ministério terreno de nosso Senhor. "E eles Ihe apresentaram um dinheiro. E ele diz-lhes: De quem e esta efigie e esta inscrição? Dizem-lhe eles: de Cesar" (Mat. 22:17-22).

Os imperadores romanos (incluindo Constantino) continuaram a conservar o oficio de Pontifex Maximus ate 376 quando Graciano, por razoes cristas, recusou-o. Ele reconheceu este título e oficio como idolatras e blasfemos. Por este tempo, contudo, o bispo de Roma tinha subido ao poder politico e prestigio. Consequentemente, em 378, Demasio, bispo de Roma, foi eleito o Pontifex Maximus”o sumo-sacerdote oficial dos mistérios! Desde que Roma era considerada a cidade mais importante do mundo, alguns dos cristãos olhavam para o bispo de Roma como "bispo dos bispos" e cabeça da igreja. Isto produziu uma situação única. Um homem era agora olhado como o cabeça tanto pelos cristãos como pelos pagãos. Por este tempo, e através dos anos que se seguiram, as correntes do paganismo e do cristianismo fluiram juntas, produzindo o que e conhecida como a Igreja Católica Romana, sob a liderança do Sumo Pontífice, o Papa.
O título Pontitex Maximus e repetidamente encontrado em inscrições em todo o Vaticano”acima da entrada da Basílica de São Pedro, acima da estatua de Pedro, no domo, acima da Porta do Ano Santo que e aberta somente durante um ano de jubileu, etc. A medalha que mostramos, cunhada pelo papa Leão X um pouco antes da Reforma, ilustra uma das maneiras que o título "Pont.Max" tem sido usado pelos papas.

Mas, como poderia um homem ser ao mesmo tempo o cabeça da igreja e o Pontífice Máximo, o Sumo Pontífice, o cabeça dos mistérios pagãos? Em uma tentativa para encobrir esta discrepância, os lideres da igreja buscaram semelhanças entre as duas religiões. Eles sabiam que se pudessem encontrar ao menos alguns pontos que cada lado tinha em comum, ambos poderiam unir-se em um, pois nesse tempo a maioria não estava preocupada com detalhes. Eles desejavam números e poder politico. A verdade vinha em segundo lugar.

Uma surpreendente semelhança era que o Sumo Pontífice do paganismo portava o título caldeu pedro ou interprete”o interprete dos mistérios.' Aqui estava uma oportunidade de "cristianizar" o oficio pagão de Sumo Pontífice, o oficio que o bispo de Roma agora portava, associando o "Pedro" ou Grande Interprete de Roma com Pedro o apostolo. Mas, para fazer do apostolo Pedro o Pedro-Roma era necessário enfrentar alguns problemas. Para fazer isto, era necessário ensinar que Pedro estivera em Roma. Esta e a razão real que desde o seculo quarto (e não antes) aqueles numerosos relatos começaram a ser ventilados a respeito de Pedro ser o primeiro bispo de Roma.~ "E assim, para os cristãos cegos da apostasia, o Papa era o representante de Pedro, o apostolo, enquanto para os pagãos iniciados, ele era apenas o representante de Pedro, o interprete de seus bem conhecidos mistérios. "

De acordo com uma antiga tradição, Nimrode era "o abridor" dos segredos ou mistérios, "o primogênito" dos seres humanos deificados. A palavra traduzida abriu" em versículos tais como Êxodo 13:2, como o indica a Strong"s Concordance, e a palavra hebraica "peter" (Pedro) Ate que ponto coisas como estas podem ter influenciado as tradições que tem sido espalhadas a respeito de Pedro e de Roma, não podemos dizer.

Desde que o apostolo Pedro era conhecido como Simão Pedro, e interessante notar que Roma não somente tinha um "Pedro", um abridor ou interprete dos mistérios, mas também um l;der religioso chamado Simão que para ali foi no seculo primeiro! De fato, ele foi o Simão que havia praticado feitiçaria em Samaria (Atos 8:9) que mais tarde foi para Roma e fundou uma religião crista falsificada ali! Uma vez que isto soa tao bizarro, para esclarecer que não existe qualquer tendenciosidade de nossa parte, citamos o seguinte, diretamente da The Catholic Encyclopedia, a respeito desse Simão: "Justino Mártir e outros escritores primitivos informam-nos que ele posteriormente veio para Roma, operou milagres ali pelo poder de demônios, e recebeu honras divinas tanto em Roma quanto em seu próprio pais. Embora muitas lendas extravagantes reuniram-se depois em torno do nome desse Simão...Parece, não obstante provável que deve haver algum fundamento no relato dado por Justino e aceito por Eusebio. Simão, o Mago histórico, sem duvida fundou algum tipo de religião, como uma imitação do cristianismo, na qual ele reclamava desempenhar um papel análogo ao de Cristo."

Sabemos que a igreja romanista tornou-se perita em tomar varias ideias ou tradições e mistura-las com seu sistema unido de religião. Se Simão levantou seguidores em Roma, se recebeu honras divinas, se fundou uma religião crista de imitação na qual desempenhava um papel análogo ao de Cristo, não e possível que tais ideias pudessem influenciar tradições posteriores? Talvez este "Simão" tendo estado em Roma foi mais tarde confundido com Simão Pedro. Os papas tem reclamado serem "Cristo em oficio" na terra. Aparentemente Simão, o feiticeiro, fez o mesmo reclamo em Roma, mas jamais lemos de qualquer reclamo semelhante feito por Simão Pedro, o apostolo!

Outra mistura em Roma envolvia "chaves". Por quase mil anos, o povo de Roma tinha crido nas misticas chaves do deus pagão Janus e da deusa Cibele. No Mitraísmo, uma das principais correntes dos mistérios que vieram para Roma, o deus sol levava duas chaves. Quando o imperador afirmou ser o sucessor dos "deuses" e o Sumo Pontífice dos mistérios, as chaves vieram a ser símbolos de sua autoridade. Mais tarde, quando o bispo de Roma tornou-se o Sumo Pontífice em mais ou menos 378, ele automaticamente tornou-se o possuidor das chaves misticas. Isto ganhou reconhecimento por parte dos pagãos em relação ao papa e novamente veio a oportunidade de misturar Pedro na historia. Por acaso Cristo não disse a Pedro, "Dar-te-ei as chaves do reino dos céus" (Mat. 16:19)? Não foi ate 431, contudo, que o papa publicamente anunciou que as chaves que ele possuía eram as chaves de autoridade dadas ao apostolo Pedro. Isto foi depois de cinquenta anos depois do papa ter se tornado o Sumo Pontífice, o possuidor das chaves. Para um exemplo de como as chaves são mostradas como símbolos da autoridade do papa, veja o grande abano na pagina 93.

A chave dada a Pedro (e a todos os outros discípulos) representava a mensagem do evangelho onde quer que as pessoas pudessem entrar no reino de Deus. Porque alguns não tem corretamente entendido isto, não e incomum para Pedro ser representado como o chaveiro dos céus o guardião das portas,decidindo quem ele deixara e quem não deixara entrar! Isto esta muito parecido com as ideias associadas ao deus pagão Janus, pois ele era o guardião das chaves e portas na mitologia paga de Roma - o abridor. Janus, com a chave na mão e mostrado no desenho acima. Ele era representado com duas faces”uma jovem e a outra velha (uma versão posterior de Nimrode encarnado em Tamuz). E interessante notar que não somente era a chave o simbolo de Janus, o galo também era atribuído como algo sagrado para ele. Não havia qualquer problema de ligar o galo com Pedro, pois não cantou um galo na noite em que ele negou ao Senhor (João 18:27).

E certo que o título "Sumo Pontífice" ou "Pontlfex Maxlmus" que o papa possui não e uma designação cristã, poles era o título usado pelos imperadores romanos antes da Era Crista. A palavra "pontifice" vem da palavra pons, "ponte", e facio, "fazer". Significa "construtor de pontes". Os imperadores, reis-sacerdotes, dos dias pagaos eram vistos como os construtores e guardiães das pontes de Roma. Cada um deles serviu como sumo sacerdote e dizia ser a ponte um elo de conexão entre esta vida e a vindoura.

Aquela corrente dos mistérios conhecida como Mitraísmo cresceu em Roma ate que se tornou”em certo tempo”quase que a única fé do império. O principal sacerdote era chamado o Pater Patrum, que e o Pai dos Pais. Tomando emprestado este título diretamente como cabeça da Igreja Católica Romana, esta o Papa ”o Pai dos Pais. O "Pai" do Mitraísmo tinha sua cadeira em Roma naquele tempo, e o "Pai" do Catolicismo tem a sua ali agora.

As vestes caras e multo enfeitadas que os papas usam não foram adotadas partindo do cristianismo, mas foram feitas seguindo o padrão dos imperadores romanos. Os historiadores não deixaram este fato passar sem ser notado, pois na verdade o testemunho deles e que "as vestimentas do clero... foram legados da Roma pagã." A tiara, coroa que os papas usam”embora decorada de diferentes maneiras em diferentes tempos”e idêntica na forma aquelas usadas pelo "deuses" ou anjos que são mostrados em antigos tabletes assirios. E semelhante aquela vista em Dagon, o deus-peixe. (cf. a tiara desenhada na pagina 94).

Dagon era realmente uma forma misteriosa do falso "salvador" babilônico. O nome Dagon vem de dag (uma palavra comumente traduzida como "peixe" na Bíblia) e significa deus-peixe." Embora tivesse se originado no paganismo da Babilônia, 14 a adoração a Dagon tornou-se especialmente popular entre os flllsteus, pagãos (Juizes 16:21-30; I Samuel 5:5,6).

A maneira como Dagon era representado nas esculturas da Mesopotâmia e vista no desenho acima (segunda figu^M a partir da esquerda). Layard, no livro Babylon and Nineveh, explica que "a cabeça do peixe formava uma mitra acima da cabeça do homem, enquanto sua cauda escamosa, em forma de abano, caia para trás como um manto, deixando os braços e pés do homem expostos." Mais tarde, no desenvolvimento das coisas, somente a porção de cima permaneceu como uma mitra, com as mandibulas do peixe levemente abertas. Em varias moedas de Malta, um deus (cujas características são as mesmas de Osíris, o Nimrode egípcio), e mostrado com o corpo de peixe removido e somente a mitra com cabeça de peixe permanece.

Uma famosa pintura por Moretto mostra Santo Ambrósio usando uma mitra na forma da cabeça de um peixe. Este mesmo tipo de mitra e usada pelo papa conforme e visto no esboço do papa Paulo VI, enquanto ele apresentava um sermão sobre a "Paz" durante sua histórica visita aos Estados Unidos em 1965. A figura na pagina 93 também mostra a mitra de cabeça de peixe.

H.A. Ironside afirma que o papa e "o sucessor direto do sumo sacerdote dos mistérios babilônicos e servo do deus-peixe, Dagon, para quem ele usa, como seus idolatras predecessores, o anel do pescador" Novamente, misturando o paganismo e o cristianismo, as semelhanças fizeram a mistura menos obvia. Neste caso, desde que Pedro tinha sido um pescador, o anel do deus-peixe com o título Pontifex Maximus inscrito estava a ele associado. Mas um anel como este jamais foi usado por Pedro o apostolo. Ninguém jamais curvou-se e beijou seu anel. Ele provavelmente jamais teve um” pois não tinha prata nem ouro! (Atos 3).

Outra pista para ajudar-nos a solver o mistério da moderna Babilônia pode ser vista no uso do palio que o papa usa sobre os ombros. Os dicionários não abreviados definem-no como um paramento que era usado pelo clero pagão da Grécia e de Roma, antes da Era Crista. Nos tempos modernos o palio e feito de la branca que e tirada de dois cordeiros que tenham sido "abençoados" na basílica de St. Agnes, em Roma. Como um simbolo que os arcebispos também compartilham da plenitude do oficio papal, o papa envia para eles o palio. Antes de ser enviado, contudo, ele e estendido a noite inteira sobre a suposta tumba de São Pedro” tal pratica sendo uma copia do paganismo que era praticado entre os gregos!

Por seculos a igreja romanista reclamou a posse da mesma cadeira na qual Pedro havia se sentado e ministrado em Roma. A The Catholic Encyclopedia explica que as placas na frente desta cadeira mostram fabulosos animais da mltologla como também os fabulosos "trabalhos de Hércules." Em outro volume da The Catholic Encyclopedlia, descobrimos estas palavras: "Gilgames, a quem a mitologia transformou em um Hércules babilonico... seria então a pessoa designada como o bíblico Nemrod (Nimrode)." E curioso que Nimrode seja comparado com Hércules e talhas associadas com Hércules apareçam na assim chamada "Cadeira de Pedro" Nenhuma destas coisas nos fariam pensar nesta cadeira como sendo de origem cristã.

Uma comissão cientifica apontada pelo Papa Paulo em julho de 1968, reportou que nenhuma parte daquela cadeira e suficientemente velha para datar dos dias de Pedro. No relatorio oficial a respeito da datação pelo carbono e outros testes, tem sido determinado que a cadeira não vai alem do seculo nono. Claramente as antigas ideias a respeito da cadeira de Pedro eram interessantes, mas não eram exatas.

Perto do altar-mor de São Pedro (veja pagina 43) esta uma grande estatua de bronze, supostamente de Pedro. Esta estatua e olhada com a mais profunda veneração e seus pés tem sido beijados tantas vezes que os dedos estão quase totalmente gastos! A fotografia na pagina anterior mostra um papa (João XXIII) a ponto de beijar esta estatua, que estava vestida com ricas vestes papais e uma tiara papal de três coroas para a ocasião.

A pratica de beijar um ídolo ou estatua foi tomada emprestada do paganismo. Como já vimos, a adoração de Baal estava ligada a antiga adoração de Nimrode em forma deificada (como o deus sol). Nos dias de Elias, multidões tinham se curvado diante de Baal e tinham-no beijado. "Também", diz Deus, "fiz ficar em Israel sete mil; todos os joelhos que se não dobraram a Baal, e toda a boca que o não beijou." (I Reis 19:18). Em uma das formas dos "mistérios", Nimrode (encarnado no jovem Tamuz) foi representado como um bezerro. Estatuas de bezerros foram feitas, adoradas, e beijadas! "E agora multiplicaram pecados, e da sua prata fizeram uma imagem de fundição, ídolos segundo o seu entendimento, todos obra de artífices, dos quais dizem: Os homens que sacrificam beijem os bezerros" (Oséias 13:1-3). Beijar um ídolo fazia parte do culto a Baal!

Não somente a pratica de beijar um ídolo foi adotada pela igreja romanista, mas também o costume de procissões religiosas nas quais ídolos são carregados. Tais procissões são uma parte comum da pratica católico-romana, e isto não se originou no cristianismo. No seculo quinze antes de Cristo, uma imagem da deusa babilônica Ishtar foi levada com grande pompa e cerimonia da Babilônia até o Egito. Procissões de ídolos eram praticadas na Grécia, no Egito, na Etiópia, no México, e em muitos outos países dos tempos antigos.

A Bíblia mostra a loucura daqueles que acham que algo bom pode vir dos ídolos ídolos tao sem poder que precisam ser carregados! Isaías, em direta referencia aos deuses da Babilônia^? tinha isto para dizer: "Gastando ouro da bolsa, e pesam a prata nas balanças: assalariam o ourives, e ele faz um deus, e diante dele se prostram e se inclinam. Sobre os ombros o tomam, o levam, e o poem no seu lugar; ali esta, do seu lugar não se move" (Isaías 46: 6,7).

Estas procissões não somente continuaram na Igreja Católica Romana nas guais ídolos são carregados, mas o papa também e carregado em procissão. No tempo de Isaías o povo esbanjava prata e ouro em seu deus. Hoje paramentos caríssimos e jóias são colocados sobre o papa. Quando o deus pagão era carregado em procissão, as pessoas se prostravam e adoravam-no, assim também, em certas ocasiões, as pessoas se prostram diante do papa, enquanto ele e carregado. Assim como o deus era carregado "sobre os ombros", assim também os homens carregam o papa, o deus do catolicismo, sobre os ombros, em processões religiosas!

Há uns três mil anos atrás, a mesma pratica era conhecido no Egito, sendo tais procissões uma parte do paganismo ali. A ilustração na pagina seguinte mostra o antigo rei-sacerdote do Egito sendo carregado em meio a multidões de adoradores, por doze homens. Uma comparação da procissão papal de hoje, com a antiga procissão pagã do Egito, mostra que uma e a copia da outra!

No desenho do rei-sacerdote egípcio, observamos o uso do fabellum, um grande abano feito de penas. Este foi conhecido mais tarde como o mistico abano de Baco. E assim como aqueles abanos eram carregados em procissão com o rei-sacerdote pagão, assim também estes são carregados com o papa em ocasiões de Estado. Como a The Encylopedia Britannica diz, "Quando vai a cerimonias solenes (o papa) é carregado na sedia, uma cadeira portátil de veludo vermelho, com um respaldar alto, e escoltado por dois fabelli dle penas" Que estes abanos processionais originaram-se no paganismo do Egito e algo admitido ate mesmo por escritores católicos." Os quatro fortes elos de ferro nas pernas da "Cadeira de Pedro" eram destinados a vigas para carrega-la. Mas, podemos estar certos que o apostolo Pedro jamais foi carregado através de multidões de pessoas que se curvavam diante dele! (cf. Atos 10:25,26).

Que o oficio papal foi produzido por uma mistura de paganismo e cristianismo, pouca duvida resta. O pálio, a mitra de cabeça de peixe, os paramentos babilônicos, as chaves misticas, e o título Sumo Pontífice ou Pontifex Maximus foram todos tomados emprestados do paganismo. Todas estas coisas, e o fato que Cristo jamais instituiu o oficio de papa em sua igreja, mostra claramente que o papa não e o vigário de Cristo ou o sucessor do apostolo Pedro.

Um Sacerdócio Solteiro

MAS O ESPIRITO EXPRESSAMENTE DIZ que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência; PROIBINDO O CASAMENTO.." (I Timóteo 4: 1-3)

Nesta passagem, Paulo avisou que ocorreria um desvio da verdadeira fé mais tarde, ou nos últimos tempos. "Isto não implica necessariamente as últimas eras do mundo", escreve Adam Clarke em seu notável comentário, "mas quaisquer tempos após aqueles nos quais a Igreja então vivia". Realmente, este desvio da fé, como aqueles que conhecem Historia entendem, aconteceu la atrás nos primeiros séculos.

Os primeiros cristãos reconheceram que a adoração de deuses pagãos era a adoração a demônios (I Cor. 10: 19,21). Segue-se, então, que o aviso de Paulo a respeito das "doutrinas de demônios" poderia certamente referir-se aos ensinamentos dos mistérios pagaos. Ele fez menção especial a doutrina de "proibir o casamento". Na religião dos mistérios, esta doutrina não se aplicava a todas as pessoas. Era, em vez disto, uma doutrina de celibato sacerdotal. Tais sacerdotes solteiros, indica Hislop, eram membros das mais altas ordens do sacerdócio da rainha Semiramis. "Estranho como possa parecer, ainda assim a voz da antiguidade atribui a rainha abandonada a invenção do celibato clerical, e isto em sua forma mais estrita."

Nem todas as nações para as quais a religião dos mistérios se espalhou, exigiu o celibato-sacerdotal, como no Egito, onde os sacerdotes tinham permissão de casar-se. Mas, "todo erudito sabe que quando a adoração de Cibele, a Deusa Babilônica, foi introduzida na Roma Paga, ela foi introduzida em sua forma primitiva, com seu celibato clerical"3 Em lugar da doutrina de "proibir o matrimonio" promovendo a pureza, contudo, os excessos cometidos pelos sacerdotes solteiros da Roma paga foram tão horríveis que o Senado achou que eles deveriam ser expulsos da republica romana. Mais tarde, após o celibato clerical tornar-se estabelecido na Roma papal, problemas semelhantes surgiram. "Quando o papa Paulo V procurou suprimir os bordeis licenciados na "Santa Cidade", o Senado Romano fez uma petição contra esse proposito tornar-se vigente, argumentando que a existência de tais lugares era a única maneira de evitar que os sacerdotes seduzissem suas mulheres e filhas".

Roma, naqueles dias, era uma "cidade santa" somente de nome. Relatórios estimaram que havia em torno de 6.000 prostitutas nessa cidade, com uma população que não excedia 100.000. Os historiadores contam que "todos os eclesiásticos tinham amantes, e todos os conventos da Capital eram casas de má fama. Um pequeno lago em Roma estava situado perto de um convento. Esse foi drenado por ordem do papa Gregório. No fundo foram encontrados mais de 6.000 crânios de bebes.

O cardeal Peter D"Ailly afirmou que não podia descrever a imoralidade dos conventos de freiras, e que "tomar o véu" era simplesmente outra maneira de tornar-se uma prostituta publica. Os violamentos eram tao horríveis no nono seculo, que São Teodoro Studita proibiu ate mesmo animais fêmeas na propriedade do mosteiro! No ano de 1477, danças noturnas e orgias eram realizadas no claustro católico em Kercheim, que são descritas na historia como sendo piores do que aquelas vistas nas casas publicas de prostituição. Os padres vieram a ser conhecidos como "os maridos de todas as mulheres". Alberto, o Magnifico, arcebispo de Hamburg, exortou seus padres: "Si non caste, tamen caute" (Se não puderem ser castos, pelo menos sejam cuidadosos). Outro bispo alemão começou a cobrar dos padres em seu distrito um imposto para cada mulher que eles tinham e para cada filho que nascia. Ele descobriu que havia onze mil mulheres conservadas como amantes pelos clérigos de sua diocese.

A The Catholic Encyclopedia diz que a tendencia de alguns de reunir estes escândalos e exagerar os detalhes "e pelo menos tao marcante quanto a tendencia por parte dos apologistas da Igreja de ignorar estas paginas desconfortáveis da Historia "! Como com tantas coisas, não duvidamos que extremos tem existido em ambos os lados. Descobrimos também que com relatórios de conduta imoral existe a possibilidade de exagero. Mas, mesmo permitindo isto, os problemas que tem acompanhado a doutrina de "proibir o matrimonio" são muito óbvios para serem ignorados. A The Catholic Encyclopedia, embora procurando explicar e justificar o celibato, admite que tem havido muitos abusos. "Não temos qualquer desejo de negar ou colocar um paliativo sobre o nível muito baixo de moralidade no qual, em diferentes períodos da historia mundial, e em diferentes países chamando-se a si mesmos de cristãos, o sacerdócio católico tem afundado... a corrupção foi espalhada... Como poderia ser de outra maneira, quando foram introduzidos no bispado em toda parte homens de natureza brutal e paixões indomáveis, que deram o pior exemplo ao clero sobre o qual governavam?... Um grande numero do clero, não somente sacerdotes mas bispos tambem, abertamente tomavam esposas, e geravam filhos a quem transmitiam seus benefícios".

Não existe regra na Bíblia que exija que um ministro seja solteiro. Os apóstolos eram casados (I Cor. 9: 5) e um bispo tinha que ser "o marido de uma só mulher" (I Tim. 3: 2). Até mesmo a The Catholic Encyclopedia diz, "Não encontramos no Novo Testamento qualquer indicação que o celibato era compulsório ou para os apóstolos ou para aqueles a quem eles ordenavam". A doutrina de "proibir o matrimonio" desenvolveu-se somente gradualmente dentro da Igreja Católica. Quando a doutrina do celibato começou primeiro a ser ensinada, muitos dos sacerdotes eram homens casados. Havia alguma questão, embora, se um sacerdote cuja esposa morresse deveria casar-se novamente. Uma regra estabelecida no Concilio de Neo-Cesareia em 315 "absolutamente proibia que um sacerdote contratasse um novo casamento sob a pena de deposição" Mais tarde, "em um concilio romano convocado pelo papa Siricio em 386 foi passado um edito proibindo que os sacerdotes e diáconos tivessem relações sexuais com suas mulheres e o papa tomou os passos para ter o decreto reforçado na Espanha e em outras parte do cristianismo". Nessas afirmações da The Catholic Encyclopedia o leitor cuidadoso notara as palavras "proibir" e "proibindo". A palavra "proibindo" e a mesma palavra que a Bíblia usa quando adverte a respeito de "proibir o matrimonio" - mas exatamente no sentido oposto! A Bíblia chama a proibição do casamento uma "doutrina de demônios."

Tomando todas estas coisas em consideração, podemos ver como a predição de Paulo (I Tim. 4: 1-3) se cumpriu. Veio um desvio de fé original? Sim. As pessoas deram ouvidos a doutrinas pagas, doutrinas de demônios? Sim. Foram os padres proibidos de casar? Sim. E por causa desse celibato forcado, muitos desses sacerdotes terminaram tendo suas "consciências cauterizadas" e "falaram mentiras em hipocrisia" por causa da imoralidade na qual caíram. A Historia tem mostrado o cumprimento de cada parte da profecia!

A doutrina de proibir os sacerdotes de se casarem veio a encontrar outras dificuldades no passar dos seculos, por causa do confessionário. E fácil de se ver que a pratica de moças e mulheres confessarem suas fraquezas morais e desejos a sacerdotes solteiros poderia facilmente resultar em muitos abusos. Um ex-sacerdote, Charles Chiniquy, que viveu no tempo de Abraham Lincoln e teve amizade pessoal com ele, da um relato completo de tal corrupção, em conexão com o confessionário, junto com casos verdadeiros, em seu livro "O Padre, a Mulher e o Confessionário". Não estamos sugerindo que todos os padres deveriam ser julgados pelos erros ou pecados de alguns. Não duvidamos que muitos sacerdotes tem sido muito dedicados aos votos que tem tomado. Não obstante, "os incontáveis ataques" (para usar o palavreado da The Catholic Encyclopedia) que tem sido feitos contra o confessionário não foram, em muitos casos, algo sem base. Que a doutrina da confissão tem causado dificuldades para a igreja romanista, de uma maneira ou de outra, parece estar implícito pelo palavreado da The Catholic Encyclopedia. Apos mencionar os "incontáveis ataques" ela diz, "Se na Reforma ou desde que a Igreja resolvesse deixar de lado uma doutrina ou abandonado uma pratica pela causa da paz e para amaciar um "dito duro", a confissão seria a primeira a desaparecer".

Em um artigo no qual as palavras são muito bem escolhidas, a The Catholic Encyclopedia explica que o poder de perdoar pecados pertence somente a Deus. Não obstante, ele exerce este poder através dos sacerdotes. Uma passagem em João (20: 22,23) e interpretada para significar que um padre pode perdoar ou recusar o perdao dos pecados. Para que ele tome esta decisao, os pecados "especificamente e em detalhes" (de acordo com o Concilio de Trento) devem ser confessados a ele. "Como pode ser feito um julgamento sábio e prudente se o padre estiver em ignorancia da causa sobre a qual o julgamento e pronunciado? E como pode ele obter o conhecimento exigido, a menos que venha de uma informação especifica do pecador?" Tendo dado aos padres a autoridade de perdoar pecados, e inconsistente acreditar-se, diz o artigo, que Cnsto "teve a intenção de fornecer outros meios de absolvição, tais como confessar "a Deus somente'"' A confissão a um padre por aqueles que cometem pecado após o batismo e "necessária para a salvação".

Existe um tipo de confissao que a Biblia ensina, mas nao e confissao a um padre solteiro! A Bíblia diz, "Confessai vossas faltas uns aos outros" (Tiago 5:16). Se este versiculo pudesse ser usado para dar apoio a ideia católica da confissão, entao nao somente as pessoas deveriam confessar aos padres, mas os padres deveriam tarnbem confessar seus pecados ao povo! Quando Simão de Samaria pecou, depois de ter sido batizado, Pedro não lhe disse para confessar a ele. Ele não disse para rezar a "Ave Maria" certo numero de vezes por dia. Pedro disse a ele para "orar a Deus" pedindo perdão (Atos 8:22)! Quando Pedro pecou, confessou a Deus e foi perdoado; quando Judas pecou, confessou a um grupo de sacerdotes e cometeu suicídio! (Mat. 27:3-5).

A ideia de confessar a um sacerdote não veio da Bíblia, mas veio da Babilônia! A confissão secreta era exigida antes da iniciação completa dentro dos mistérios babilônicos. Uma vez que tal confissão fosse feita, a vitima ficava amarrada de pés e mãos aos sacerdotes. Não pode haver qualquer duvida que as confissões eram feitas na Babilônia, pois foi por essas confissões registradas - e somente através delas - que os historiadores tem podido formular conclusões a respeito dos conceitos babilônicos do certo e do errado.

A ideia babilônica de confissão era conhecida em muitas partes do mundo. Salverte escreveu a respeito desta pratica entre os gregos. "Todos os gregos, de Delfos até às Termopilas, eram iniciados nos mistérios do templo de Delfos. O silencio deles em relação a tudo o que eram mandados guardar segredo, era assegurado pela comissão geral realizada pelos aspirantes apos a iniciação'' Certos tipos de confissão eram também conhecidos nas religiões da Medo-Persia, do Egito e de Roma - antes do alvorecer do Cristianismo.

Negro e a cor distintiva das roupas do clero usados pelos padres da Igreja Católica Romana e algumas denominações protestantes também seguem este costume. Mas, por que roupas pretas? Pode algum de nos pensar em Jesus e seus apóstolos usando roupas negras? O preto tem por seculos se ligado a morte. As mortalhas, tradicionalmente, tem sido negras, o preto e usado por pessoas que choram nos funerais, etc. Se qualquer um sugere que o preto deveria ser usado em honra a morte de Cristo, nos deveríamos somente indicar que Cristo não esta mais morto!

Por outro lado, a Bíblia menciona certos sacerdotes de Baal que se vestiam de preto! A mensagem de Deus através de Sofonias foi esta: "Exterminarei deste lugar o resto de Baal, e o nome dos "quemarins com os sacerdotes" (Sofonias 1:4). Os "quemarins" eram sacerdotes que usavam roupas negras. Este mesmo título e traduzido "sacerdotes idolatras" em outra passagem a respeito da adoração de Baal (11 Reis 23:5). Adam Clarke diz, "Provavelmente era uma ordem feita pelos reis idolatras de Judá, e chamados quemarins, de camar que significa ser... feito escuro, ou negro, porque seu negocio era constantemente assistir os fogos sacrificiais, e provavelmente usavam paramentos negros: ate os judeus, fazendo mofa, chamam os ministros cristãos de, quemarins, por causa de suas roupas pretas e paramentos. Por que deveriamos imitar, em nossas roupas sacerdotes, a daqueles sacerdotes de Baal, e estranho de pensar e duro de dizer".

Outra pratica da igreja católica que também foi conhecida nos tempos antigos e entre povos não cristãos e a tonsura. A The Catholic Encyclopedia diz que a tonsura e "um rito sagrado instituído pela Igreja pelo qual...um cristão e recebido na ordem clerical, sendo raspado seu cabelo... Historicamente a tonsura não estava em uso na Igreja primitiva. Mesmo mais tarde, São Jeronimo (340-420) desaprovou que os clérigos raspassem a cabeça". Mas, em torno do seculo sexto a tonsura era bastante comum. O Concilio de Toledo fez dela uma regra estrita que todos os clérigos deviam receber a tonsura, mas hoje o costume não e mais praticado em muitos países.

É conhecido e reconhecido que este costume "não estava em uso na Igreja primitiva" Mas era conhecido entre as nações pagas! Buda raspou a cabeça em obediência a um suposto comando divino. Os sacerdotes de Osíris no Egito eram distinguidos por suas cabeças raspadas. Os sacerdotes de Baco recebiam a tonsura. Na Igreja Católica, a forma de tonsura usada na Bretanha era chamada a Céltica, com apenas uma porção de cabelo sendo raspada na frente da cabeça. Na forma oriental toda a cabeça era raspada. Mas na forma Romana, chamada a tonsura de São Pedro, era usada a tonsura redonda, deixando cabelos somente ao redor das bordas da porção superior da cabeça calva. A tonsura céltica dos padres na Bretanha era ridicularizada como sendo a tonsura de Simão o Mago. Mas, por que Roma insiste na tonsura redonda? Podemos não ter a resposta completa, mas sabemos que essa era "uma antiga pratica dos sacerdotes de Mitra, que em suas tonsuras imitavam o disco solar. Como o deus-sol era o grande deus que se lamentava, e tinha seu cabelo cortado em um formato circular, e os sacerdotes que o lamentavam tinham seu cabelo cortado de forma semelhante, assim também em diferentes países aqueles que lamentavam os mortos e cortavam o cabelo em honra a eles, o cortavam de forma circular"! Que este era um antigo costume, conhecido ate nos tempos de Moisés - pode ser visto bem dentro da Bíblia. Isto foi proibido para os sacerdotes: "Não farão calva em sua cabeça" (Lev. 21:5). E que tal "calva" era a tonsura redonda, parece implicar de Levitico 19:27: "Nao cortareis o cabelo, arredondando os cantos da vossa cabeça".

Peixes - Sexta-Feira e o Festival da Primavera

TEMOS VISTO PELAS Escrituras certas razoes para questionar a Sexta-Feira como o dia no qual Cristo foi crucificação. Ainda assim, cada Sexta-Feira muitos católicos se abstém-se carne substituindo-a por peixe supostamente relembrando a crucificação da Sexta-Feira.

Os católicos romanos nos Estados Unidos não são mais exigidos por sua igreja de abster-se de carne as sextas-feiras (como antigamente) - exceto durante a Pascoa - não obstante muitos ainda seguem o costume de peixe na sexta-feira.

Certamente as Escrituras jamais associam peixe com Sexta-Feira. Por outro lado, a palavra "Sexta-Feira" vem do nome de "Freya", que era vista como a deusa da paz, da alegria, e da FERTILIDADE, o simbolo de sua fertilidade sendo o PEIXE. Desde tempos imemoriais o peixe foi um simbolo de fertilidade entre os chineses, os assirios, os fenícios, os babilônios, e outros. A palavra "peixe" vem de dag que implica aumento ou fertilidade, e com boa razão. Um simples bacalhau anualmente poe acima de 9.000.000 de ovos; um linguado, 1.000.000; o esturjão700.000; a perca 400.000; a cavala, 500.000; o arenque, 10.000, etc.

 A deusa da fertilidade sexual entre os romanos era chamada de Vênus. É de seu nome que nossa palavra "venérea" (como em doença venérea), veio. A sexta-feira era vista como seu dia sagrado porque cria-se que o planeta Vênus regia a primeira hora da sexta-feira e assim era chamado "dies Veneris". E para fazer com que o significado fique completo o peixe era também visto como sagrado para ela. A ilustração que acompanha, conforme e vista do livro Antigo Simbolismo Pagão e Moderno Simbolismo Cristão mostra a deusa Vênus com seu simbolo, o peixe.

O peixe era visto como sagrado para Astarote sob cujo nomes israelitas adoravam a deusa paga. No antigo Egito, Ísis era algumas vezes representada com um peixe na cabeça, conforme é visto na ilustração que acompanha. Considerando que a sexta-feira era chamada por causa da deusa da fertilidade sexual, sendo a sexta-feira seu simbolo sagrado, e o peixe seu simbolo, parece mais do que uma coincidencia que os católicos tenham aprendido que a sexta-feira e um dia de abstinência de carne, um dia para comer peixe!

Já observamos porque alguns cristãos tem rejeitado a sexta-feira como o dia da crucificaçao e a manha do domingo de Pascoa como a hora da ressurreicao. De onde, então, veio a observância da Pascoa? Os cristãos primitivos pintavam ovos de Pascoa? Pedro ou Paulo por acaso dirigiram algum culto da alvorada da Pascoa7 As respostas são, e claro, obvias.

A palavra "Easter" (Em Inglês-NT) aparece somente na Bíblia King James: "...querendo,apresenta-lo ao povo depois da pascoa" (Atos 12:4). A palavra traduzida "Páscoa" aqui é pascha que e - como TODOS os eruditos o sabem - a palavra grega para páscoa e não tem qualquer conexão com a palavra inglesa "Easter" E bem conhecido que "Easter" não e uma expressão cristã - não em seu significado original.

A palavra vem do nome de uma deusa paga - a deusa da luz do dia e da Primavera. "Easter" não é se não uma forma mais moderna de Eostre, Ostera, Astarte, ou Ishtar, a última, de acordo com Hislop, sendo pronunciada como pronunciamos "Easter" hoje.

Como a palavra "Easter", muitos de nossos costumes nessa estação tem seus princípios entre religiões não cristas. Ovos de pascoa, por exemplo, são coloridos, escondidos, caçados, e comidos um costume feito inocentemente hoje e sempre ligado com um tempo de graça e alegria para crianças. Mas, este costume não se originou no cristianismo. O ovo era, contudo, um simbolo sagrado entre os babilônios que acreditavam em uma antiga fabula a respeito de um ovo de tamanho enorme que caiu do céu no rio Eufrates. Deste ovo maravilhoso de acordo com o mito antigo a deusa Astarte (Easter) foi chocada. O ovo veio a simbolizar a deusa Easter.

Os antigos druidas levavam um ovo como o emblema sagrado de sua ordem idolatra. A procissão de Ceres em Roma era precedida por um ovo. Nos mistérios de Baco foi consagrado um ovo. A China usava ovos tintos ou coloridos nos festivais sagrados. No Japão, um antigo costume era fazer o ovo sagrado em uma cor flamejante. Na Europa do Norte, nos tempos pagaos os ovos eram coloridos e usados como símbolos da deusa da Primavera. A ilustração dada abaixo mostra suas maneiras como os pagaos representavam seus ovos sagrados. A esquerda esta o Ovo de Heliópolis; a direita, o Ovo de Tifão. Entre os egípcios o ovo estava associado com o sol - o ovo dourado." Seus ovos tingidos eram usados como ofertas sagradas na estavão na Pascoa (Easter).

Diz a Enciclopedia Britânica, "O ovo como um simbolo da fertilidade e da vida renovada vai ate o antigo egito e os persas, que tinham o costume também de colorir e comer ovos durante seu festival da Primavera." Como, então, este costume veio a ser associado com o cristianismo? Aparentemente alguem procurou cristianizar o ovo, sugerindo que como o pinto sai do ovo, assim tambem Cristo saiu do tumulo. O papa Paulo V (1605-1621) ate mesmo indicou uma reza nesta conexao: "Abençoa, O Senhor, nós te imploramos, esta tua criatura de ovos, para que se torne um sustento completo para teus servos , comendo-os em rememoração de nosso Senhor Jesus Cristo."

As seguintes citacoes da The Catholic Encyclopedia são significativas. "Desde que o uso de ovos foi proibido durante a Páscoa, eles foram trazidos para a mesa do Dia da Pascoa (Easter), colorido em vermelho para simbolizar a alegria da Pascoa...O costume pode ter sua origem no paganismo, pois muitos costumes pagãos celebrando o retorno da Primavera, gravitavam na Pascoa (Easter)"! Tal foi o caso com um costume que foi popular na Europa, "O Fogo da Pascoa e aceso no topo de montanhas de fogo novo, aceso na madeira através de fricção; este e um costume de origem paga em voga em toda a Europa, significando a vitoria da Primavera sobre o Inverno. Os bispos emitiram severos editos contra os sacrílegos fogos da Pascoa (Easter), mas não tiveram sucesso em aboli-los em toda parte" Assim, o que aconteceu? Observe isto cuidadosamente! "A Igreja adotou a observância nas cerimonias de Pascoa, referindose a coluna de fogo no deserto e a ressurreição de Cristo"! Os costumes pagaos eram misturados com a igreja romanista, recebendo a aparência de cristianismo? Não e necessario tomar minha palavra para isto. Em numerosos lugares a Enciclopedia Católica fala diretamente sobre isto. Finalmente, uma citação mais refere-se ao Coelho de Pascoa: "O coelho e um simbolo pagao e tem sempre sido um simbolo de fertilidade."

"Como o ovo de Páscoa, o coelho de Páscoa", diz a Enciclopedia Britânica "veio para o cristianismo desde a antiguidade. O coelho e associado com a lua nas lendas doantigo Egito e outros povos... Através do fato que a palavra egípcia para coelho, um significa "aberto" e "período", o coelho veio a ser associado com a ideia de periodicidade, tanto lunar como humana, e com o principio da nova vida tanto no jovem como na jovem, e assim sendo e um simbolo de fertilidade e de renovação dávida. Como tal o coelho ficou ligado aos ovos de Pascoa!" Assim, tanto o coelho da Pascoa como os ovos de Pascoa eram símbolos de significado sexual, símbolos de fertilidade.

Na estação de Pascoa não e incomum para os cristãos irem a cultos ao nascer do sol. Acredita-se que isto honra a Cristo, por que ele ressuscitou dos mortos no domingo de pascoa pela manha, bem na hora em que o sol estava surgindo. Mas, a ressurreicao não ocorreu verdadeiramente ao nascer do sol, pois era ainda ESCURO quando Maria Madalena veio ao sepulcro e ele já estava vazio! Por outro lado, houve um tipo de culto do nascer do sol que era uma parte do antigo culto ao sol. Não queremos  implicar, e claro, que os cristãos hoje adoram o sol em seus cultos de Pascoa ao nascer do sol. Nem dizemos que aqueles que se inclinam diante do ostensório com a imagem do sol, com sua hóstia redonda, na forma do sol, então realmente adorando o sol. Mas tais praticas, sem exemplo escrituristico, indicam verdadeiramente que tem havido misturas.

No tempo de Ezequiel, ate mesmo pessoas que haviam conhecido o verdadeiro Deus, caíram na adoração do sol e fizeram dela uma parte de seu culto. "E levou-me para o átrio interior da casa do Senhor, e eis que estavam a entrada do templo do Senhor, entre o pórtico e o altar, cerca de vinte e cinco homens, de costas para o templo do Senhor, e com os rostos para o ORIENTE; e eles adoravam o sol virados para o ORIENTE" (Ezequiel 8:16.) O fato que adoravam o sol voltados para o oriente mostra que era um culto de nascer do sol. O versículo seguinte diz: "...e ei-los a chegar o ramo ao seu nariz" Fausset diz que isto "refere-se ao uso idolatra de segurar um galho de tamarisco diante do nariz no nasce do sol, enquanto cantavam hinos para o sol que nascia."

Era também na direção do Oriente que os profetas de Baal olhavam nos dias de Elias. Baal era o deus-sol, e assim deus do fogo. Quando Elias desafiou os profetas de Baal com as palavras, "O Deus que responder com FOGO, este e Deus", estava indo ao encontro do culto de Baal em seu próprio terreno. Que hora do dia foi quando esses profetas de Baal começaram a chamar por ele? Foi quando Baal o sol fez seu primeiro aparecimento sobre o horizonte no Oriente. Foi "de manha" (I Reis 18:26), ou seja na aurora.

Rituais conectados com o sol nascente - de uma forma ou de outra - tem sido conhecidos entre muitas nações antigas. A Esfinge no Egito estava localizada de modo a olhar para o Oriente. Do monte Fujiama, no Japão, as rezas são feitas para o sol nascente. "Os peregrinos rezam para o sol nascente enquanto sobem os lados da montanha...algumas vezes podem ser vistas varias centenas de peregrinos shintoistas em suas roupas brancas saindo de seus claustros e unindo seus cantos para o sol nascente." Os mitraístas pagãos de Roma se reuniam ao nascer do sol em honra ao deus-sol.

A deusa da Primavera, de cujo nome vem nossa palavra "Easter" (em Ingles-NT.) era associada com o nascer do sol no Oriente - até mesmo a própria palavra "East-er" parece implicar "do Oriente". Assim sendo o nascer do sol no Oriente, o nome Easter, e a estação primaveril estão todos ligados.

De acordo com as antigas lendas, apos Tamuz ser morto, desceu para o mundo interior. Mas pelo choro de sua "mãe", Ishtar (Easter), ele foi misticamente revivido na Primavera."A ressurreição de Tamuz através da lamentação de Ishtar era dramaticamente representada anualmente a fim de assegurar o sucesso das colheitas e a fertilidade do povo. Cada ano homens e mulheres tinham que lamentar com Ishtar pela morte de Tamuz e celebrar o retorno do deus a fim de ganhar novamente seu favor e seus beneficios!" Quando a nova vegetação começava a sair, aqueles povos antigos acreditavam que seu "salvador" tinha vindo do mundo inferior, tinha terminado o Inverno, e tinha feito a Primavera começar. Até mesmo os israelitas adotaram as doutrinas e rituais do festival anual pagão da Primavera, pois Ezequiel fala de "mulheres chorando por Tamus" (Ezequiel 8:14).

Como cristãos acreditamos que Jesus Cristo ressurgiu dos mortos em realidade - não meramente na natureza ou na nova vegetação da Primavera. Porque sua ressurreicao foi na Primavera do ano, não foi muito difícil para a igreja do quarto século (tendo já se desviado da fé original de muitas maneiras) fundir o festival pagão da Primavera com o cristianismo. Falando dessa fusão, a Enciclopedia Britânica diz, "O Cristianismo... incorporou em sua celebração do grande dia de festa cristão muitos dos rituais pagaos e costumes do festival da Primavera."

A lenda diz que Tamuz foi morto por um urso bravo quando estava com quarenta anos de idade. Hislop aponta que quarenta dias - um dia para cada ano que Tamuz viveu na terra - eram separados para chorar por Tamuz". Nos tempos antigos estes quarenta dias eram observados com lamentação, jejum e auto flagelacao - para ganhar novamente seu favor - de modo que ele viesse do mundo inferior e fizesse a Primavera começar. Esta observância não somente foi conhecida na Babilônia, mas também o foi entre os fenícios, egípcios, mexicanos e, durante algum tempo, ate mesmo entre os israelitas. "Entre os pagaos", diz Hislop, "esta Quaresma parece ter sido uma preliminar indispensavel para o grande festival anual em comemoracao a morte e ressurreicao de Tamuz."

Tendo adotado outras crenças a respeito do festival da Primavera na igreja, foi apenas outro passo no desenvolvimento para também adotar o velho "jejum" que precedia o festival. A The Catholic Encyclopedia muito honestamente indica que "escritores no quarto seculo tiveram a tendencia de descrever muitas praticas (ou seja, o jejum da Quaresma de quarenta dias) como da instituicao Apostolica que certamente não tinha qualquer razão de ser vista assim." Não foi ate o sexto seculo que o papa oficialmente ordenou a observância da Quaresma, chamando-a de "sagrado jejum" durante a qual as pessoas tinham que abster-se de carne e de algumas outras comidas.

Eruditos católicos sabem e reconhecem que existem costumes dentro de sua igreja que foram tomados em prestados do paganismo. Mas eles racionalizam, dizendo que muitas coisas, embora originalmente pagas, podem ser cristianizadas. Se alguma tribo paga observava quarenta dias em honra de um deus pagão, por que não deveríamos fazer o mesmo em honra a Cristo? Embora os pagaos adorassem o sol voltados para o Oriente, não podemos fazer cultos ao nascer do sol para honrar a ressurreicao de Cristo, muito embora esta não fosse a hora do dia em que ele ressuscitou? Muito embora o ovo fosse usado pelos pagãos, não podemos continuar seu uso e fingir que ele simboliza a grande pedra que estava diante do sepulcro? Em outras palavras, por que não adotar todos os tipos de costumes populares, somente em lugar de usa-los para honrar deuses pagaos, como os pagaos o faziam, usa-los para honrar a Cristo? Tudo isto soa muito logico, embora uma linha-mestra seja encontrada na própria Bíblia: "Cuidado... não sigais apos seus deuses (deuses pagãos), dizendo: Como serviam estas nacoes a seus deuses? assim também faremos. Não faras assim para com o Senhor vosso Deus...Tudo o que vos ordenar, observai-o; nada acrescenteis a isto."

Três Dias E Três Noites

A MAIORIA DE NÓS tem entendido que Jesus morreu na "Sexta-Feira Santa" e ressuscitou dos mortos no domingo de "Pascoa" pela manha. Desde que Jesus disse que ressuscitaria "ao terceiro dia", alguns contam parte da Sexta-Feira como um dia. Sábado como o segundo, e parte do Domingo como o terceiro. E apontado que algumas vezes uma expressão como o "terceiro dia" pode incluir apenas partes de dias, uma parte de um dia sendo contada como um todo. A Jewish Encyclopedia diz que o dia de um funeral, muito embora o funeral possa acontecer de tarde, e contado como o primeiro dia dos sete em que se faz a lamentação. Outros exemplos de parte de um dia sendo contado por um dia inteiro, como eles eram, encontram-se na Bíblia também, como na seguinte afirmação de Jesus: "Eis que vou expulsando demônios e fazendo curas, hoje e amanha, e no terceiro dia serei consumado Importa, contudo, caminhar hoje, amanha, e no dia seguinte; porque não convém que morra um profeta fora de Jerusalém" (Lc 13: 32,33). Neste caso, "o terceiro dia" significaria o mesmo que "no dia seguinte" (amanhã) três dias, muito embora somente partes daqueles dias estejam envolvidas. Muitos acham que isto explica o elemento de tempo entre o sepultamento e a ressurreição de Cristo.

Existem outros cristãos, contudo, que não estão totalmente satisfeitos com esta explicação. Jesus freqüentemente disse que se levantaria ao "terceiro dia" (Mt. 16: 21; Mc. 10: 34). Mas ele tambem falou deste período de tempo e deu-o como um sinal especifico de sua messianidade como sendo três dias e três noites. "Como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia", ele disse, "assim tambem o filho do homem estará TRÊS DIAS E TRÊS NOITES no coração da terra" (Mat. 12: 38-40).

Que a expressão "o terceiro dia" pode, escrituristicamente incluir três dias e três noites pode ser visto em Gênesis 1: 4-13: "Deus separou a luz das trevas. E Deus chamou a luz dia. e as trevas chamou noite. E foi a tarde (treva) e a manha (luz), O PRIMEIRO DIA... e a tarde (treva) e a manha (luz) o SEGUNDO DIA... e a tarde (agora três períodos de noite) e a manha (agora três períodos de luz) O TERCEIRO DIA" Isto fornece um exemplo de como o termo "o terceiro dia" pode ser contado e mostra como pode ser incluídos três dias e três noites.

Enquanto há muito temos favorecido o ponto de vista que aqui apresentaremos que permite três dias e noites completos gostaríamos de logo indicar que, como cristãos, o fato que cremos que Jesus viveu, morreu e ressuscitou e infinitamente mais importante do que alguma explicação que possamos oferecer com relação ao elemento de tempo de seu sepultamento.

Desde que há doze horas em um dia e doze horas em uma noite (João 11: 9,10), se figurarmos "três dias e três noites" completos, isto seria igual a 72 horas. Mas o elemento de tempo foi exatamente 72 horas? Jesus era para estar na sepultura por "três dias e três noites" e ressuscitar "apos três dias" (Mc 8:31). Não vemos qualquer razão para figurar isto com menos de 72 horas. Por outro lado, se ele estava para ser ressuscitado dentre os mortos "em três dias" (João 2:19), isto não poderia ser mais do que 72 horas. Para harmonizar estas varias afirmações não parece sem razão entender que o período de tempo foi exatamente 72 horas. Afinal de contas, Deus e um Deus de EXATIDÃO. Ele faz tudo corretamente dentro do prazo. Nada com Ele e acidental.

Foi "na plenitude do tempo" nem um ano adiantado demais, ou um ano atrasado demais”"Deus enviou seu Filho" (Gal. 4:4). O tempo para sua unção foi preordenado e falado pelo profeta Daniel, como foi também o tempo quando ele seria "cortado" pelos pecados do povo. Aqueles que tentaram mata-lo antes disto, falharam pois seu "tempo" não havia vindo ainda (João 7:8). E não somente ^Q ano e o tempo de sua morte, mas a própria hora era uma parte do plano divino. "Pai", Jesus orou, "e chegada a hora.." (Joao 17:1).

Uma vez que houve uma hora exata para ele nascer, uma hora exata para sua unção, uma hora exata para seu ministério começar, uma hora exata para sua morte, não temos qualquer problema em crer que houve também período de tempo exato entre seu sepultamento e sua ressurreição - 72 horas exatamente. Se isto e verdade, entao a ressurreiçao aconteceu ao mesmo tempo do dia que Jesus foi sepultado”somente tres dias depois. Que hora do dia foi esta?

Jesus morreu um pouco depois da "hora nona" ou três da tarde (Mateus 27: 46-50). "Os judeus, porque era a preparação, para que os corpos não permanecessem sobre a cruz no dia de sabado (pois aquele dia de sábado era grande), rogaram a Pilatos que se Ihes quebrassem as pernas, e fossem tirados dali...mas vindo a Jesus, e vendo que ja estava morto" (João 19: 31-33). Por este tempo, "ao cair da tarde" (Mc 15: 42), ja era bastante avanSada a hora. A lei dizia: "O seu cadaver nao permanecera toda a noite no madeiro, mas certamente o entererraras no mesmo dia" (Deut. 21: 23). No tempo que restou naquele dia. antes do por-do-sol, antes do grande dia de sábado começar, José de Arimateia obteve permissão para remover o corpo. Ele e Nicodemos prepararam o corpo para o sepultamento com roupas de linho e especiarias, e colocaramno em um tumulo ali perto (João 19:38-42)” tudo isto sendo completado ai pelo pôr-do-sol.

Se a ressurreiçao aconteceu ao mesmo tempo do dia de quando Jesus foi sepultado”somente três dias depois”isto colocaria a ressurreiçao perto do por-do-sol, não ao nascer do sol, como comumente se entende que foi. Uma ressurreiçao ao nascer do sol exigiria uma noite extra” três dias e quatro noites. Este não foi o caso, e claro. Aqueles que vieram ao sepulcro ao nascer do sol, em lugar de testemunhar a ressurrei^Sao naquela hora exata, descobriram que o tumulo já estava vazio (Mc. 16: 2.). A narrativa de Joao nos conta que Maria Madalena veio ao tumulo quando "ainda era ESCURO" no primeiro dia da semana e Jesus NAO estava la (Joao 20: 1,2.).

Os escritores falam de varias diferentes visitas feitas pelos discípulos ao sepulcro naquele primeiro dia da semana. Em TODAS as ocasioes, eles encontraram o sepulcro VAZIO! Um anjo disse "Ele não esta aqui: ressuscitou como havia dito" (Mat. 28: 6). O primeiro dia da semana foi quando os discípulos descobriram que ele havia ressuscitado (Lucas 24: 1,2,etc.), mas em nenhum lugar a Bíblia diz realmente que foi esta a hora da ressurreicao.

O único versículo que parece ensinar uma ressurreição no Domingo de manha e Marcos 16:9. "Ora, havendo Jesus ressurgido cedo no primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena.." Mas este versículo não diz que cedo no primeiro dia Jesus estava "ressuscitando" ou "ressuscitou" naquela hora. Diz que quando veio o primeiro dia da semana, ele "ESTAVA RESSUSCITADO" o verbo no tempo perfeito.

Desde que não havia quaisquer sinais de pontuação nos manuscritos gregos dos quais nosso Novo Testamento foi traduzido, a frase "cedo no primeiro dia da semana" poderia tao corretamente ”e alguns acham que ate mais corretamente”estar ligada com o tempo que Jesus apareceu a Maria. Simplesmente colocando a virgula apos a palavra "ressuscitado" este versículo poderia ser: "Agora, quando Jesus estava ressuscitado, cedo no primeiro dia da semana ele apareceu primeiro a Maria Madalena" Este parece ser o significado original pretendido, pois os versículos que se seguem mostram que Marcos estava registrando as varias aparições que Jesus fez, não explicando em que dia a ressurreicao aconteceu.

Quando o domingo de manha veio, Jesus já havia ressuscitado, tendo a ressurreição acontecido um pouco antes do por-do-sol do dia anterior. Contando para trás três dias, isto nos levaria para a Quarta-Feira. Isto contaria três dias e três noites entre o sepultamento e a ressurreição de Cristo? Sim. Quarta-Feira a noite, QuintaFeira a Noite e Sexta-Feira a Noite”tres noites; também QuintaFeira, Sexta-Feira, e Sabado”tres dias. Isto faria um total de exatamente três dias e três noites ou 72 horas. Um dia apos a QuartaFeira seria Quinta-Feira, dois dias apos a Quarta-Feira seria Sexta-Feira, e "o terceiro dia" apos a Quarta-Feira seria Sábado.

As palavras dos dois discípulos no caminho de Emaus são um pouco difíceis. "Ora, nos esperavamos que fosse ele quem havia de remir Israel; e, alem de tudo isso, e ja hoje o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram" (Lc. 24: 21). Porque Jesus apareceu a estes discípulos no primeiro dia da semana (versículo 13), e este era "o terceiro dia desde que estas coisas aconteceram", isto não indicaria que Jesus morrera na Sexta-Feira? Depende de como contarmos. Se partes de um dia forem contados como um todo, a Sexta-Feira poderia entrar.em cogitação. Por outro lado, um dia "desde" a Sexta-Feira seria Domingo, e o terceiro dia desde a Sexta-Feira, teria sido a Segunda-Feira! Este método de contar não indicaria a Sexta-Feira.

Procurando oferecer uma explicaSao, submeto o seguinte: Eles haviam conversado a respeito de "tudo aquilo que havia sucedido" (versiculo 14) mais do que simplesmente um acontecimento. Se "estas coisas" incluíam a prisão, a crucificação, o sepultamento, e a colocação do selo e a guarda sobre o sepulcro, todas estas coisas nao foram feitas ate a Quinta-Feira. Jesus, temos observado, foi crucificado na "preparação" (Quarta-Feira). "No dia seguinte (Quinta-Feira) que seguia-se ao dia da preparacao, os sacerdotes principais e os fariseus vieram juntos a Pilatos, dizendo, "Senhor, lembramo-nos de que aquele embusteiro, quando ainda vivo, afirmou: Depois de três dias ressurgirei. Manda, pois, que o sepulcro seja guardado com segurança até o terceiro dia; para não suceder que, vindo os discípulos, o furtem" (Mat. 27: 62-66). Por esta razão, o sepulcro estava selado e guardado. "Estas coisas" não foram completamente terminadas”nao foram "feitas" ”ate que o sepulcro fosse selado e guardado. Isto aconteceu, como já temos visto, na Quinta-Feira daquela semana, o grande dia. Domingo, então, teria sido "o terceiro dia desde que estas coisas foram feitas", mas não o terceiro dia desde a crucificação.

Desde que Jesus foi crucificado no dia antes do "sabbath", podemos entender porque alguns tem pensado na Sexta-Feira como o dia da crucificação. Mas o "sabbath" que seguiu-se a sua morte nao foi o "sabbath" semanal, mas um "sabbath" anual" pois eragrande o dia daquele sábado" (João 19: 14,31). Este "sabbath" poderia cair em qualquer dia da semana e naquele ano veio aparentemente na Quinta-Feira. Ele foi crucificado e sepultado no dia da preparação (Quarta-Feira), o dia seguinte foi o grande dia do sabado (Quinta-Feira). Entendendo que houve naquela semana dois "sabbaths" ou sabados, fica explicado como Cristo poderia ser crucificado no dia antes do sábado e já estava ressuscitado do sepulcro quando o dia depois do sábado veio - ainda assim cumprindo seu sinal de três dias e três noites.

Uma cuidadosa comparação de Marcos 16: 1 com Lucas 23: 56 fornece posterior evidencia que houve dois sábados naquela semana ”com um dia comum entre os dois. Marcos 16: 1 diz: "E quando passou o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo" Este versículo afirma que foi apos o sábado quando estas mulheres comprararn suas especiarias. Lucas 23: 56, contudo, afirma que elas prepararam as especiarias e depois de prepara-las, descansaram no sábado: "Então voltaram e preparararn especiarias e unguentos. E no sábado repousaram, conforme o mandamento. Um versículo diz que foi depois do sábado que as mulheres compraram as especiarias; o outro versículo diz que elas prepararam as especiarias antes do sábado. Uma vez que não podiam preparar as especiarias ate primeiro as terem comprado, a evidencia de dois sábados diferentes naquela semana parece conclusiva.

Escrevendo na revista Eternity, seu editor, Donald Grey Barnhouse, afirmou: "Eu pessoalmente tenho sempre sustentado que houve dois Sabbaths na ultima semana de nosso Senhor”o Sabbath do Sábado e o Sabbath da Pascoa, sendo este ultimo na Quinta-Feira. Eles se apressaram para tirar seu corpo apos uma crucificacao na Quarta-Feira e ele esteve três dias e três noites (pelo menos 72 horas) no sepulcro" Ele cita evidencia dos Pergaminhos do Mar Morto que colocaria a Ultima Ceia na Terça-Feira. Nem toda a tradicao tem favorecido uma'crucificacao na Sexta-Feira. Ele cita de um jornal Catolico Rornano publicado na Franca que "uma antiga tradicao crista, atestada pelo "Didascalia Apostolorum" como também por Epifânio e Vitorino de Pettau (morto em 304) da a tarde da Terca-Feira como a data da Ultima Ceia e prescreve um jejum para a Quarta-Feira para comemorar a captura de Cristo".

Embora defendendo fortemente a crucificacao na Sexta-Feira, a The Catholic Encyclopedia diz que nem todos os eruditos tem acreditado desta maneira. Epifânio, Lactancio, Wescott, Cassiodoro e Gregorio de Tours são mencionados como rejeitando a SextaFeira como o dia da crucificação.

Em seu livro Perguntas da Bíblia Respondidas, W. L. Pettingill, da esta questao e responde: "Em que dia da semana foi nosso Senhor crucificado? Para nos e perfeitamente obvio que a crucificacao foi na Quarta-Feira" A The Companion Bible, publicada pela Oxford University Press, em seu Apendice 156 explica que Cristo foi crucificado na Quarta-Feira.

Em sua Bíblia Anotada e Com Referencias de Dake, Finis Dake tem dito a respeito de Mateus 12:40: "Cristo estava morto durante três dias e três noites completos. Ele foi colocado na sepultura na Quarta-Feira, um pouco antesdo por-do-sol e ressuscitou ao fim do Sábado, ao por-do-sol.... Nenhuma afirmacao diz que Ele foi sepultado na Sexta-Feira ao por-do-sol. Isto o deixaria no sepulcro somente um dia e uma noite, provando que suas proprias palavras não eram verdadeiras."

As referências dadas aqui citadas de varios ministros são de especial significado, uma vez que esta crença não era a posição geralmente aceita por varias organizacoes eclesiasticas com as quais eles estiveram afiliados. Em tais casos, homens falararn de suas convicções, não somente de suas conveniencias. Tal foi o caso de R.A. Torrey, notável evangelista e deão de instituto bíblico, cujas palavras (escritas em 1907) resumem muito bem a posicao basica que temos apresentado aqui."... De acordo com a tradicao comumente aceita da igreja, Jesus foi crucificado na Sexta-Feira... e ressuscitou dos mortos muito cedo na manha do Domingo seguinte. Muitos leitores da Bíblia ficam intrigados para saber como e que o intervalo entre a Sexta-Feira de tarde e o Domingo de manha pode ser figurado como três dias e três noites. Parece antes serem duas noites, um dia e uma porção muito pequena de outro dia.

"A solução desta aparente dificuldade proposta por muitos comentaristas e que "um dia e uma noite" e simplesmente uma outra maneira de dizer "um dia", e que os antigos judeus reconheciam uma fração de dia como um dia inteiro... Há muitas pessoas para quem esta solucao não satisfaz de modo algum, e o escritor e livre em confessar que isto não o satisfaz ao todo. Isto me parece um artificio...

"A Bíblia em nenhum lugar djz ou implica que Jesus foi crucificado e morreu na Sexta-Feira. Diz-se que Jesus foi crucificado "no dia antes do Sabbath"... Agora a Bíblia não nos deixa especular em relação a que sábado se refere nesta ocasião... não foi o dia antes do sábado semanal - ou seja - Sexta-Feira, mas foi no clia antes do sábado Pascal, que veio este ano na Quinta-Feira”ou seja, o dia em que Jesus Cristo foi crucificado foi a Quarta-Feira. João deixa isto tão claro como o dia.

"Jesus foi sepultado um pouco antes do pôr-do-sol na Quarta-Feira. Setenta e das horas depois... ele ressuscitou do túmulo. Quando as mulheres visitaram o sepulcro um pouco antes da aurora, de madrugada, elas encontraram o sepulcro já vazio.

"Não existe absolutamente nada em favor da crucificação na Sexta-Feira, mas tudo nas Escrituras estão perfeitamente harmonizado pela crucificação na Quarta-Feira. É notável quantas passagens proféticas e tipicas do Velho Testamento são cumpridas e quantas aparentes discrepancias nas narrativas do evangelho são acertadas quando de uma vez para sempre viemos a entender que Jesus morreu na Quarta-feira, e não na Sexta-Feira."

A Desumana Inquisição

A IGREJA CAÍDA TORNOU-SE tão abertamente corrupta na Idade Média, que podemos prontamente entender porque, em muitos lugares, os homens se levantaram em protesto. Muitos foram aquelas almas nobres que rejeitaram as falsas reivindicações do papa, e em lugar disto olharam para o Senhor Jesus para terem salvação e verdade. Estes foram chamados "hereges" e foram amargamente perseguidos pela Igreja Católica Romana.

Um dos documentos que ordenaram tais perseguições foi o desumano "Ad exstirpanda", emitido pelo Papa Inocêncio IV em 1252. Este documento afirmava que os hereges deveriam ser "esmagados como serpentes venenosas". Ele formalmente aprovou o uso da tortura. As autoridades civis foram ordenadas a queimar os hereges. "A antes mencionada Bula "Ad exstirpanda" permaneceu dai em diante como um documento fundamental da Inquisição, renovado ou reforçado por vários papas tais como, Alexandre IV (1254-61), Clemente IV (1265-68), Nicolau IV (1288-92) Bonifácio-VIII (129-1303), e outros. As autoridades civis, portanto, eram ordenadas pelos papas, sob pena de excomunhão a executarem as sentenças legais que condenavam os hereges impenitentes ao poste. Deve-se notar que a excomunhão em si mesma não era uma coisa simples pois, se a pessoa excomungada não se livrasse da excomunhão dentro de um ano, passava a ser considerada herética, e incorria em todas as penalidades que afetavam a heresia."

Os homens ponderavam muito naqueles dias em como poderiam inventar métodos que produziriam a maior tortura e dor. Um dos métodos mais populares era o uso da manjedoura, uma longa caixa na qual o acusado era amarrado pelas mãos e pelos pés, de costas, e era esticado por cordas e sarilhos. Este processo deslocava as juntas e causava grande sofrimento.

Grandes torqueses eram usadas para arrancar as unhas ou aplicavam ferros aquecidos ao rubro a partes sensíveis do corpo. Eram rolados sobre superfícies cheias de laminas afiadas. Havia o parafuso de polegares para desarticular os dedos e "Botas Espanholas" que eram usadas para esmagar as pernas e os pés. A "virgem de ferro" era um instrumento oco com o tamanho e a forma de uma mulher. Facas eram arrumadas de.tal maneira e sob tal pressão que o acusado era lacerado em seu abraco mortal. Este instrumento de tortura era benzido com "água benta" e inscrito com as palavras latinas que significavam "Gloria seja dada somente a Deus."

As vitimas apos serem rasgadas suas roupas tinham seus braços amarrados atrás das costas com uma corda dura. Pesos eram amarrados em seus pés. A ação de uma roldana suspendia-os no ar ou deixava-os cair e levantava-os novamente com violência, deslocando as juntas do corpo. Enquanto tal tortura estava sendo empregada, sacerdotes sustentando crucifixos tentavam levar os hereges a retratação.

A História do Mundo de Ridpath inclue uma ilustracao do trabalho da Inquisição na Holanda. Vinte e um protestantes estão pendurados da arvore. Um homem em uma escada esta quase sendo enforcado e abaixo dele esta um padre segurando um crucifixo.

"No ano de 1554, Francis Gamba, um lombardo, da "persuasão protestante", foi apreendido e condenado a morte pela sentença de Milão. No local da execução, um monge apresentou um crucifixo a ele, para quem Gamba disse, "Minha mente esta tao cheia dos verdadeiros méritos e da verdadeira bondade de Cristo que não quero um pedaço de pau sem sentido para fazer-me pensar Nele" Por causa dessa expressão sua língua foi arrancada e ele foi em seguida queimado".

Alguns que rejeitaram os ensinamentos da igreja romana tiveram chumbo derretido derramado dentro dos ouvidos e bocas. Olhos foram arrancados e outros foram cruelmente acoitados com chicotes. Alguns foram forcados a pular de abismos para cima de paus a pique onde, estremecendo com dores, morriam lentamente. Outros eram sufocados ate a morte, engolindo pedaços retalhados dos seus próprios corpos, engolindo urina, ou excremento. A noite, as vitimas da Inquisição eram acorrentadas bem pregadas ao solo ou a parede onde eram presas indefesas de ratos e vermes que enchiam aquelas sangrentas câmaras de tortura.

A intolerância religiosa que incitou a Inquisição causou guerras que envolveram cidades inteiras. Em 1209 a cidade de Beziers foi tomada por homens que tinham recebido a promessa do papa que entrando na cruzada contra os hereges, eles ao morrerem passariam direto, desviando-se do purgatório e entrariam imediatamente no céu. Reporta-se que sessenta mil, nesta cidade, pereceram pela espada enquanto o sangue fluía nas ruas. Em Lavaur, em 1211 o governador foi enforcado e a esposa foi lancada dentro de um poco e esmagada com pedras. Quatrocentas pessoas nesta cidade foram queimadas vivas. Os cruzados assistiram a missa solene pela manha, em seguida passaram a tomar outras cidades da área. Neste cerco estima-se que 100.000 albigenses (protestantes) caíram em um só dia. Seus corpos foram amontoados juntos e em seguida foram queimados.

No massacre de Merindol, quinhentas mulheres foram trancadas em um celeiro ao qual atearam fogo. Se qualquer uma pulasse das janelas, seria recebida na ponta das lanças. Mulheres foram ostensiva e dolorosamente violentadas. Crianças foram assassinadas diante de seus pais que estavam impotentes para protege-las. Algumas pessoas eram lancadas de abismos ou arrancavam suas roupas e arrastavam-nas pelas ruas. Métodos semelhantes foram usados no massacre de Orange em 1562. O exercito italiano foi enviado pelo papa Pio IV e recebeu a ordem de matar homens, mulheres e crianças. O comando foi obedecido com terrível crueldade, sendo o povo exposto a vergonha e tortura indescritíveis.

Dez mil huguenotes (protestantes) foram mortos no sangrento massacre em Paris no "Dia de São Bartolomeu", em 1572. O rei francês foi a missa para agradecer solenemente o fato de tantos hereges terem sido mortos. A corte papal recebeu as novas com grande regozijo e o papa Gregório XIII, com grande procissão, foi a Igreja de São Luís para agradecer! Ele ordenou que a casa da moeda papal fizesse moedas comemorando este acontecimento. As moedas mostraram um anjo com a espada numa mão e uma cruz na outras diante de quem um grupo de huguenotes, com horror nas faces, estavam fugindo. As palavras Ugonottorum Stranges 1572, que significam "A matança dos Huguenotes, 1572" aparecem nas moedas.

Uma ilustração do livro Ridpath's History of the World, conforme e vista da pagina seguinte, mostra a obra da Inquisição na Holanda. Um protestante esta pendurado pelos pés em um tronco. O fogo esta aquecendo um ferro de marcar para marca-lo e cegar seus olhos.

Alguns dos papas que hoje são aclamados como "grandes" pela igreja romanista viveram e prosperaram materialmente durante aqueles dias. Por que eles não abriram as portas dos subterrâneos e apagaram os fogos assassinos que escureceram os céus da Europa durante séculos? Se a venda de indulgências, ou pessoas adorando estatuas como ídolos, ou papas vivendo em imoralidade pode ser explicado como "abusos" ou desculpados porque estas coisas eram feitas contrarias as leis oficiais da igreja, o que pode ser dito a respeito da Inquisição? Ela não pode ser explicada muito facilmente, pois embora algumas vezes a tortura fosse levada a efeito alem do que realmente era prescrito, o fato permanece que a inquisição foi ordenada por secreto papal e confirmada por papa apos papa! Pode alguém acreditar que tais ações foram representativas Dele que disse para dar o outro lado da face, perdoar nossos inimigos, e fazer bem aqueles que nos desprezam?
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