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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Os Papas São Infalíveis?

PARA AUMENTAR AINDA MAIS as muitas contradições com as quais o sistema romanista já estava assolado, houve papas, como o deus Janus dos tempos antigos, que começaram a afirmar serem "infalíveis". As pessoas questionaram naturalmente como a infalibilidade poderia estar ligada com o oficio papal, quando alguns dos papas tem sido exemplos muito fracos em questões de morais e integridade. E se a infalibilidade for aplicada somente a doutrinas pronunciadas pelos papas, como e que alguns papas discordaram de outros papas? Até mesmo um certo numero de papas - incluindo Virilinus, Inocêncio III, Clemente IV, Gregório XI, Adriano VI, e Paulo IV rejeitaram a doutrina da infalibilidade papal! Como tudo isto poderia ser explicado de uma maneira aceitável e formulado como um dogma? Tal foi a tarefa do Concilio Vaticano de 1870. O Concilio procurou estreitar o significado da infalibilidade ate uma definição com a qual pudessem lidar, aplicando-a somente aos pronunciamentos papais feitos "ex-catedra". O palavreado finalmente adotado foi este: "O Pontífice Romano, quando fala ex-cathedra - que é, quando no exercício do seu oficio como pastor e mestre de todos os cristãos, ele define... uma doutrina de fé ou moral a ser observada por toda a Igreja por razão da divina assistência prometida a ele no bendito Pedro, possuido daquela infalibilidade... e consequentemente tais definições do Pontífice Romano são irrevogáveis." Todos os problemas não foram resolvidos por este palavreado, não obstante a infalibilidade papal ter se tornado um dogma oficial da Igreja Católica Romana no Concilio Vaticano de 1870.

Conhecendo a historia dos papas, vários bispos católicos se opuseram a fazer da infalibilidade papal um dogma no concilio. Um desses, o bispo Joseph Strossmayer (1815-1905), e descrito na The Catholic Encyclopedia como "um dos mais notáveis oponentes a infalibilidade papal". Ele apontou o fato que alguns papas haviam se oposto a outros papas. Foi feita uma menção especial de como o papa Estevão VI (896-897) trouxe o papa anterior, Formoso (891-896) a julgamento.

A famosa historia de um papa trazendo outro a julgamento e algo de puro horror, pois o papa Formoso já estava morto havia oito meses! Não obstante, o corpo foi tirado do tumulo e foi colocado em um trono. Ali, diante de um grupo de bispos e cardeais, o papa anterior foi vestido com ricos paramentos do papado, foi-lhe colocada uma coroa no cranio pelado, e o cetro do santo oficio foi colocado nos dedos descarnados de sua mão apodrecida!

Enquanto o julgamento se desenrolava, o fedor do corpo enchia o local da assembleia. O papa Estevão adiantou-se e começou o interrogatório. E claro que nenhuma resposta foi dada pelo morto em relação as acusações que se lhe faziam. Assim sendo, ele foi considerado culpado das acusações! Com isto os brilhantes vestidos foram rasgados do seu corpo, a coroa foi arrancada de sua cabeça, os dedos usados para dar a bênção  pontifícia foram retalhados e seu corpo foi jogado na rua. Arrastado por uma carreta através das ruas de Roma, foi finalmente lançado no rio Tibre.

Assim, um papa condenou outro. Em seguida, pouco tempo depois, a The Catholic Enciclopedia explica, "o segundo sucessor de Estevão fez com que o corpo de Formoso, que um monge havia tirado do Tibre, fosse novamente enterrado, com todas as honras, na catedral de São Pedro. Ele posteriormente anulou, em um sínodo, as decisões do tribunal de Estevão VI, e declarou todas as ordens concedidas por Formoso, validas. João IX confirmou estes atos em dois sínodos... Por outro lado, Sérgio III (904-911) aprovou em um sínodo romano ao decisões de Estevão contra Formoso... Sérgio e seu grupo deram um severo tratamento aos bispos consagrados por Formoso, que por sua vez havia conferido ordens sobre muitos outros clérigos, uma politica que deu origem à maior confusão." Tais agudas discordâncias entre os papas certamente argumenta contra a ideia da infalibilidade papal.

O papa Honório I, apos sua morte, foi denunciado como herético, pelo Sexto Concilio que teve lugar no ano de 680. O papa Leão II confirmou a condenação dele. Se os papas são infalíveis, como um podia condenar o outro?

O papa Vigílio, apos condenar certos livros, removeu sua condenação, depois condenou-os novamente e em seguida retratou-se de sua condenação, em seguida condenou-os novamente! Onde esta a infalibilidade aqui?

Os duelos foram autorizados pelo papa Eugênio III (1145-53). Mais tarde o papa Júlio II (1503-13) e o papa Pio IV (1559-65) proibiram-nos.

Em certo tempo, no seculo onze, havia três papas rivais, todos eles tendo sido descontinuados pelo concilio reunido pelo Imperador Henrique III. Mais tarde, no mesmo seculo Clemente III foi enfrentado por Victor III e mais tarde por Urbano II. Como podiam os papas ser infalíveis quando se opunham uns aos outros?

O que e conhecido como "o grande cisma" veio em 1378 e durou cinquenta anos. Os italianos elegeram Urbano VI e os cardeais franceses escolheram Clemente VII. Os papas se amaldiçoaram um ao outro ano apos ano, ate que um concilio dispensou ambos e elegeu outro!

O papa Sixto V tinha uma versão da Bíblia preparada que ele declarou ser autentica. Dois anos mais tarde o papa Clemente VIII declarou que ela estava cheia de erros e mandou fazer outra!

O papa Gregório I repudiou o título de "Bispo Universal", dizendo que era "profano, supersticioso, soberbo, e inventado pelo primeiro apostata" Ainda assim, através dos seculos, outros papas tem reclamado este titulo.

O papa Adriano II (867-872) declarou que os casamentos civis eram válidos, mas o papa Pio VII (1800-23) condenou-os como inválidos.

O papa Eugênio IV (1431-47) condenou Joana D"Arc a ser queimada viva como feiticeira. Mais tarde outro papa, Benedito IV, em 1919, declarou que ela era uma "santa".

Quando consideram o s as centenas de vezes e maneiras como os papas se contradisseram uns aos outros através dos seculos, poderemos entender como a ideia da infalibilidade papal e difícil para muitas pessoas aceitarem. Enquanto e verdade que a maioria das declarações papais não são feitas dentro dos estreitos limites da definição "ex cátedra" de 1870, ainda assim se os papas tem errado em tantas outras maneiras, como podemos acreditar que eles são garantidos com uma infalibilidade divina por uns poucos momentos se e quando decidirem falar na verdade ex cathedra?

Os papas tem tomado para si mesmos títulos tais como "Santíssimo Senhor", "Chefe da Igreja no Mundo", "Soberano Pontífice dos Bispos", "Sumo Sacerdote", "A Boca de Jesus Cristo", "Vigário de Cristo", e outros. Disse o papa Leão XIII em 20 de junho de 1894, "Ocupamos na terra o lugar do Deus Todo Poderoso" Durante o Concilio Vaticano de 1870, no dia 9 de janeiro, foi proclamado: "O Papa e Cristo em oficio, Cristo em jurisdição e poder...inclinamo-nos diante de tua voz, oh Pio, como diante da voz de Cristo, o Deus da verdade. Unindo-nos a ti, unimo-nos a Cristo."

Mas, o esboço histórico que temos apresentado mostra claramente que o papa NÃO e "Cristo em oficio" ou em qualquer outra maneira. O contraste e aparente. As coroas muito caras usadas pelos papas tem custado milhões de dólares. Jesus, durante sua vida terrena, não usou qualquer coroa, exceto a coroa de espinhos. O papa e servido por criados. Que contraste com o humilde Nazareno que veio não para ser servido, mas para servir! Os papas se vestem com paramentos que são muito elaborados e caros - feitos segundo o padrão dos imperadores romanos dos dias pagãos. Tal vaidade e contrastada com nosso Salvador que usava as vestes de um camponês. A imoralidade de muitos dos papas - especialmente nos seculos passados - aparece como um contraste surpreendente com o Cristo que e perfeito em santidade e pureza.

Em vista destas coisas, acreditamos que a afirmação do papa que e o "Vigário de Cristo" não tem qualquer base de fato. Já no ano 1612 foi mostrado, como Andreas Helwig o fez em seu iivro O Anti-cristo Romano, que o título"Vigário de Cristo" tem um valor numérico de 666. Escrito como "Vigário do Filho de Deus" em Latim, Vicarivs Filli Del, as letras com valor numérico são estas: i e igual a I (usada seis vezes), 1 e igual a 50, V e igual a 5, c e igual a 100, e D e igual a 500. Quando todas estas são contadas, o total e 666. Este numero nos relembra, e claro, Apocalipse l3:18, "Aquele que tem entendimento, calcule o numero da besta; porque e o numero de um homem, e o seu numero e seiscentos e sessenta e seis".

Deve-se mostrar, com toda a justiça, contudo, que numerosos nomes e títulos, dependendo de como são escritos ou que idiomas são usados, podem produzir este numera Os exemplos dados aqui serão de especial interesse porque estão ligados a Roma e ao Catolicismo Romano. De acordo com Hislop,o nome original de Roma era Saturnia, significando "a cidade de Saturno" Saturno era o nome secreto revelado somente aos iniciados dos mistérios caldeus, que - em Caldeu - era grafado com quatro letras: STUR. Nesse idioma, o S era 60, o T era 400, o U era 6, e o R era 200, um total de 666.

Nero César foi um dos maiores perseguidores dos cristãos e imperador de Roma na maior forca do seu poder. Seu nome, quando escrito com letras hebraicas, e igual a 666.

As letras gregas da palavra "Lateinos" (Latim), a língua histórica de Roma em todos os seus atos oficiais, somam 666. Em grego o L é 30, a é 1, a é 300, e é 5, i é 10, n é 50, o é 70, e s é 200, um total de 666. Isto foi mostrado por Irineu já no seculo terceiro. Esta mesma palavra também significa "homem latino" sendo simplesmente a forma grega do nome Rômulo, pelo qual a cidade de Roma e nomeada. Este nome em hebraico, Romiith, também totaliza 666.

Diferentemente dos gregos e hebreus, os romanos não usavam todas as letras do seu alfabeto como números. Eles usavam somente seis letras: D,C,L,X,V, e I. (Todos os outros números eram feitos de combinações destes*.) E interessante e talvez significativo que as seis letras que fazem o sistema numeral romano, quando somadas juntas totalizam exatamente 666.

D 500
C 100
L 50
X 10
V 5
I I total=666

Voltando-nos para a própria Bíblia, no Velho Testamento, lemos que o rei Salomão cada ano recebia 666 talentos de ouro (I Reis 10:14). Esta riqueza desempenhou um importante papel fazendo-o desviar-se. No Novo Testamento, as letras da palavra grega euporia, da qual a palavra RIQUEZA e traduzida, totalizam 666. De todos os 2.000 substantivos do Novo Testamento, só existe uma outra palavra que tem este valor numérico, que e a palavra paradosis, traduzida como TRADIÇÃO (Atos 1925; Mat. 15:2). Riqueza e tradição - muito interessantemente - foram as duas grandes corruptoras da Igreja Romana. A riqueza corrompeu a pratica e a honestidade. A tradição corrompeu a doutrina.

* O "M" e agora usado também como um numeral romano representando 1000. Mas, como E. W. Bullinger indica cm seu livro "Os Números e as Escrituras" (p. 2841, originalmente o 1000 era escrito como Cl com outro C virado ao contrario, que e C I :). Isto foi mais tarde simplificado para Cl c finalmente para M.

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