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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A Cruz E Um Símbolo Cristão?

"Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo
que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta,
e assentou-se à destra do trono de Deus."
Hebreus 12:2


A CRUZ É RECONHECIDA como um dos símbolos mais importantes da igreja Católica Romana. Ela está colocada no topo de telhados e torres. É vista nos altares, mobiliário, e roupas eclesiásticas. O plano da nave da maioria das igrejas católicas é feito na forma de uma cruz. Todos os lares católicos, hospitais, e escolas tem a cruz adornando as paredes. Em toda parte a cruz está honrada e adorada ostensivamente - de centenas de maneiras!

Quando uma criança é aspergida, o padre faz o sinal da cruz sobre sua testa, dizendo: "Recebe o sinal da cruz sobre tua testa" Durante a confirmação, o candidato é assinalado com a cruz. Na Quarta-Feira de Cinzas, cinzas são usadas para fazerem uma cruz na testa. Quando os católicos entram no prédio da igreja, eles mergulham o polegar da mão direita na "água benta" tocam a testa, o peito, o ombro esquerdo e o direito - traçando, assim, uma figura da cruz. O mesmo sinal é feito antes de tomar as refeições, Durante a Missa, o sacerdote faz o sinal da cruz 16 vezes e abençoa o altar com o sinal da cruz 30 vezes.

As igrejas protestantes, em sua maioria, não acreditam em fazer sinal da cruz com os dedos. Nem se ajoelham diante de cruzes ou usam-nas como objetos de adoração. Eles tem reconhecido que estas coisas são anti escrituristicas e supersticiosas. Mas o uso da cruz tem sido comumente retido em torres ou púlpitos, e de várias outras maneiras como uma forma de decoração.

Os cristãos primitivos não consideravam a cruz como um simbolo virtuoso, mas antes "o madeiro maldito", um instrumento de morte e de "vergonha" (Heb. 12: 2). Eles não confiavam em uma velha rude cruz. Em lugar disto, sua fé estava no que sucedeu na cruz; e através dessa fé, eles conheciam o pleno e completo perdão do pecado! Foi nesse sentido que os apóstolos pregavam a respeito da cruz e se gloriavam nela (I Cor 1: 17,18). Eles jamais falaram da cruz como uma peça de madeira que alguém tinha que conduzir pendurada em uma correntinha ao redor do pescoço ou levar em sua mão como uma proteção ou amuleto. Tais usos da cruz vieram mais tarde.

Não foi até o cristianismo começar a ser paganizado (ou, como alguns preferem, o paganismo ser cristianizado), que a imagem da cruz começou a ser imaginada como um símbolo cristão. Foi em 431 que cruzes em igrejas e camaras foram introduzidas, enquanto o uso de cruzes em campanários não começou até em torno de 586. No sexto século, a imagem do crucifixo foi sancionada pela igreja de Roma. Não foi até o segundo Concílio de Éfeso que lares particulares foram solicitados a possuírem uma cruz.

Se a cruz for um simbolo cristão, não se pode dizer que sua origem está dentro do cristianismo, pois de uma forma ou de outra ela era um símbolo sagrado muito antes da Era Cristã e entre muitos povos não cristãos De acordo com o An Expository Dictionary of New Testament Words, a cruz originou-se entre os babilônios da antiga Caldéia. "A forma eclesiástica de uma cruz de duas hastes... teve sua origem na antiga Caldéia, e foi usada como o símbolo do deus Tamuz (sendo em forma do Místico Tau, a inicial do seu nome) naquele país e em terras adjacentes, incluindo o Egito... A fim de aumentar o prestígio do sistema eclesiástico aptata, os pagãos foram recebidos dentro das igrejas independe da regeneração pela fé, e foram permitidos abertamente reter signos pagãos e símbolos. Dai o Tau ou T, em sua forma mais quente, com a peça da cruz abaixada, foi adorado para ficar lugar da cruz de Cristo"!

Em qualquer livro no Egito que mostra os velhos monumentos e paredes dos antigos templos, alguém pode ver o uso da cruz T. A ilustração que acompanha mostra o deus egípcio Amon serando uma cruz Tau.

Esta ilustração, tomada de um edifício de Amenófis IV no Egito, mostra um rei rezando. Observe o circulo redondo do sol com uma forma de mistério do deus-sol abaixo dele. Diz um importante historiador em referência ao Egito: Aqui, sem mudança, por milhares de anos, descobrimos entre os seus mais sagrados hieroglifos a cruz em várias formas... mas aquela conhecida especialmente como a cruz do Egito", ou a cruz Tau, é da forma da letra T, freqüentemente com um circulo ou ovóide acima dela. Ainda este símbolo místico não era peculiar a este país, mas era reverenciado... entre os caldeus, fenícios, mexicanos, e todos os povos antigos em ambos os hemisférios".

Enquanto o símbolo da cruz se espalhou para várias nações, seu uso se desenvolveu de diferentes maneiras. Entre os chineses, à cruz é... reconhecida como um dos mais antigos amuletos... e retratada sobre as paredes dos seus pagodes, é pintada sobre as lanternas usadas para iluminar os mais sagrados recessos dos seus templos".

A cruz tem sido um símbolo sagrado na Índia por séculos entre povos não cristãos. Tem sido usada para marcar os jarros de água sagrada tirada do Ganges, também como um emblema dos santos Jains desencarnados. Na parte central da Índia, duas rudes cruzes de pedra tem sido descobertas que datam de um tempo séculos antes da Era Cristã - uma com mais de três metros, a outra com mais de dois metros e meio de altura. Os budistas, e numerosas outras seitas da Índia marcavam seus seguidores na cabeça com o sinal da cruz.

No continente africano, em Susa, nativos mergulham uma cruz no rio Gitche. As mulheres cabilas embora sejam maometanas, tatuam uma cruz entre os olhos. Em Wanyamwizi, paredes são decoradas com cruzes. Os Yaricks, que estabeleceram uma linha de reinas do Niger até o Nilo, tem uma imagem de uma cruz pintada em seus escudos.

Quando os espanhóis desembarcaram pela primeira vez no México, "não puderam reprimir sua admiração'', diz Prescott, "quando viram a cruz, o emblema sagrado de sua própria fé, elevada como objeto de adoração nos templos de Anahuac. Os espanhóis não estavam ao par que a cruz era o símbolo de adoração da mais remota antiguidade... pelas nações pagas sobre quem a luz do cristianismo jamais havia brilhado".

Em Palenque, no México, fundada por Votan no nono século antes da Era Cristã, existe um templo pagão conhecido como "O Templo da Cruz" Ali, sobre um altar, esta uma cruz central com 1,98m horizontalmente e 3,36m de altura. A The Catholic Encyclopedia inclui uma fotografia desta cruz, abaixo da qual estão as palavras "Cruz Pré-Cristã de Palenque."

Nos tempos remotos, os mexicanos adoravam uma cruz como tora (nosso pai). Esta prática de chamar a um pedaço de madeira com o título de "pai" também é mencionada na Bíblia. Quando os israelitas misturaram a idolatria com sua religião, disseram para um pau, "Tu és meu pai" (Jer. 2:27). Mas, é contrário às Escrituras chamar um pedaço de madeira (ou um sacerdote) pelo titulo de "pai

Eras atrás, na Itália, antes das pessoas conhecerem qualquer coisa a respeito das artes da civilização, elas acreditavam na cruz como um símbolo religioso. Ela era vista como protetora e era colocada sobre catacumbas. Em 46 antes de Cristo, moedas romanas mostravam Júpiter segurando um longo cetro terminado com uma cruz. As Virgens Vestais da Roma pagã usavam cruzes penduradas em seus colares, como as freiras da igreja católica romana o fazem agora.

Os gregos desenhavam cruzes nas faixas de cabeça do seu deus correspondente a Tamuz dos babilônios. Porcelli menciona que Ísis era mostrada com uma cruz em sua testa. Seus sacerdotes carregavam cruzes em procissão em sua adoração a ela. O templo de Serápis em Alexandria era encimado por uma cruz. O templo da Esfinge quando foi desencavado descobriu-se que tinha a forma cruciforme. Insignias na forma de uma cruz eram levadas pelos persas durante suas batalhas com Alexandre o Grande (335 a.C.).

A cruz era usada como um símbolo religioso pelos aborigenes da América do Sul nos tempos antigos. Crianças recém-nascidas eram colocadas debaixo de sua proteção contra os maus espíritos. Os patagônios tatuavam suas testas com cruzes. Cerâmica antiga do Peru foi encontrada com cruzes marcadas como símbolos religiosos. Monumentos mostram que os reis assirios usavam cruzes suspensas de seus colares, como o faziam alguns dos estrangeiros que batalharam contra os egípcios.

Cruzes também figuravam nas roupas de Rot-n-no nada menos do que no século XV antes da Era Cristã.

A The Catholic Encyclopedia reconhece que "o sinal da cruz, representado na sua forma mais simples pelo cruzamento de duas linhas em ângulos fetos, antedata grandemente, tanto no Oriente como no Ocidente, a introdução do cristianismo. Ele remonta a um período muito remoto da civilização humana".

"Mas, uma vez que Jesus morreu em uma cruz", alguém questiona, "isto não faz dela um simbolo cristão?" É verdade que em muitas mentes a cruz é agora associada com Cristo. Mas, aqueles que conhecem sua história e as maneiras supersticiosas como tem sido usada - especialmente nos séculos passados - podem ver o outro lado da moeda. Embora soe grosseiro, alguém tem perguntado: "Suponha que Jesus tivesse sido morto com um revólver; seria isto razão para termos um revólver pendurado em nossos pescoços ou no topo do telhado da igreja?" A coisa se conclui assim: O importante não é o que, mas quem - quem foi que morreu, não que instrumento de morte foi usado Santo Ambrósio falou algo válido, quando disse, "Adoremos a Cristo, nosso Rei, que foi pendurado no madeiro, não o madeiro."

A crucificação, como um método de morte "era usado em tempos antigos como punição para crimes flagrantes no Egito, Assíria, Pérsia, Palestina, Cartago, Grécia, e Roma . A tradição atribui a invenção da punição da cruz a uma mulher, a rainha Semíramis”!

Cristo morreu em uma cruz - fosse de que tipo fosse - e ainda muitos tipos de cruzes são usados na religião católica. Alguns poucos diferentes tipos são mostrados aqui. Uma página na The Catholic Encyclopedia mostra quarenta. Se o uso católico romano da cruz começou simplesmente com a cruz de Cristo - e não foi influenciado por nenhum paganismo - por que existem tantos tipos diferentes de cruzes que são usados?

Diz um notável escritor: "Das várias variedades da cruz ainda em voga, como emblemas nacionais e eclesiásticos, distinguidos pelos apelos familiares de São George, Santo André, Cruz de Malta, Cruz Grega, Cruz Latina, etc, não existe entre elas nenhuma cuja existência não possa ser traçada até a mais remota antiguidade"!

A cruz conhecida como a cruz TAU era largamente usada no Egito. "Em tempos posteriores os cristãos egípcios (captas) atraídos por sua forma e talvez por seu simbolismo, adoraram-na como o emblema da cruz". O que é conhecida como a cruz GREGA foi também encontrada em monumentos egípcios. Esta forma da cruz foi usada na Frígia, onde adornava o túmulo de Midas. Entre as ruirias de Nínive, um rei é mostrado usando uma cruz DE MALTA sobre seu peito. A forma da cruz que é hoje conhecida como a cruz LATINA era usada pelos etruscos, conforme é vista em um antigo túmulo pagão com anjos alados de cada lado dele.

Entre os cumas da América do Sul, a que tem sido chamada de cruz de SANTO ANDRÉ, era vista como protetora contra maus espíritos. Ela apareceu nas moedas de Alexandre Bala na Síria em 146 antes de Cristo e naquelas dos reis bactrianos em torno de 140 a 120 a.C. muito antes de "Santo André" ter ao menos nascido! A cruz que mostramos aqui é chamada hoje de cruz do CALVÁRIO, ainda assim este desenho é de uma antiga inscrição da Tessália que data de um período anterior à Era Cristã!

Uma questão final permanece. Jesus morreu sobre uma cruz - de que forma era ela? Alguns acreditam que era simplesmente uma estaca de tortura, sem qualquer haste cruzando. A palavra cruz" automaticamente nos leva ao significado de que duas peças de madeira "cruzam" uma a outra em algum ponto ou ângulo. Mas a palavra grega da qual “cruz” é traduzida no Novo Testamento, stauros, não exige este significado. A palavra em si mesma significa uma estaca reta levantada, ou poste. Se o instrumento sobre o qual Jesus morreu não foi mais do que isto, não foi uma cruz (como tal), afinal de contas! Isto mostraria claramente a insensatez do falo de muitos tipos de cruzes serem "cristianizadas". Mas, não precisamos insistir a respeito desta conclusão.

A declaração de Tomé a respeito do sinal de cravos (plural) nas mãos de Jesus (João 20:25) pareceria indicar uma peça cruzada, pois em uma simples estaca suas mãos teriam provavelmente sido transpassadas com um só cravo. Deixando espaço acima de sua cabeça para a inscrição (Lucas 23:38), estas coisas tenderiam a favorecer o que tem sido chamada de cruz Latina. Cruzes em formato de um "T" ou "X" podem ser eliminadas, uma vez que estas não dariam provavelmente espaço suficiente acima da cabeça, para a inscrição.

Quanto à forma exara da cruz de Cristo, não precisamos ficar muito preocupados. Todos esses argumentos tornam-se insignificantes, quando comparados com o real significado da cruz - não a peça de madeira mas a eterna redenção de Cristo.

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