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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Três Dias E Três Noites

A MAIORIA DE NÓS tem entendido que Jesus morreu na "Sexta-Feira Santa" e ressuscitou dos mortos no domingo de "Pascoa" pela manha. Desde que Jesus disse que ressuscitaria "ao terceiro dia", alguns contam parte da Sexta-Feira como um dia. Sábado como o segundo, e parte do Domingo como o terceiro. E apontado que algumas vezes uma expressão como o "terceiro dia" pode incluir apenas partes de dias, uma parte de um dia sendo contada como um todo. A Jewish Encyclopedia diz que o dia de um funeral, muito embora o funeral possa acontecer de tarde, e contado como o primeiro dia dos sete em que se faz a lamentação. Outros exemplos de parte de um dia sendo contado por um dia inteiro, como eles eram, encontram-se na Bíblia também, como na seguinte afirmação de Jesus: "Eis que vou expulsando demônios e fazendo curas, hoje e amanha, e no terceiro dia serei consumado Importa, contudo, caminhar hoje, amanha, e no dia seguinte; porque não convém que morra um profeta fora de Jerusalém" (Lc 13: 32,33). Neste caso, "o terceiro dia" significaria o mesmo que "no dia seguinte" (amanhã) três dias, muito embora somente partes daqueles dias estejam envolvidas. Muitos acham que isto explica o elemento de tempo entre o sepultamento e a ressurreição de Cristo.

Existem outros cristãos, contudo, que não estão totalmente satisfeitos com esta explicação. Jesus freqüentemente disse que se levantaria ao "terceiro dia" (Mt. 16: 21; Mc. 10: 34). Mas ele tambem falou deste período de tempo e deu-o como um sinal especifico de sua messianidade como sendo três dias e três noites. "Como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia", ele disse, "assim tambem o filho do homem estará TRÊS DIAS E TRÊS NOITES no coração da terra" (Mat. 12: 38-40).

Que a expressão "o terceiro dia" pode, escrituristicamente incluir três dias e três noites pode ser visto em Gênesis 1: 4-13: "Deus separou a luz das trevas. E Deus chamou a luz dia. e as trevas chamou noite. E foi a tarde (treva) e a manha (luz), O PRIMEIRO DIA... e a tarde (treva) e a manha (luz) o SEGUNDO DIA... e a tarde (agora três períodos de noite) e a manha (agora três períodos de luz) O TERCEIRO DIA" Isto fornece um exemplo de como o termo "o terceiro dia" pode ser contado e mostra como pode ser incluídos três dias e três noites.

Enquanto há muito temos favorecido o ponto de vista que aqui apresentaremos que permite três dias e noites completos gostaríamos de logo indicar que, como cristãos, o fato que cremos que Jesus viveu, morreu e ressuscitou e infinitamente mais importante do que alguma explicação que possamos oferecer com relação ao elemento de tempo de seu sepultamento.

Desde que há doze horas em um dia e doze horas em uma noite (João 11: 9,10), se figurarmos "três dias e três noites" completos, isto seria igual a 72 horas. Mas o elemento de tempo foi exatamente 72 horas? Jesus era para estar na sepultura por "três dias e três noites" e ressuscitar "apos três dias" (Mc 8:31). Não vemos qualquer razão para figurar isto com menos de 72 horas. Por outro lado, se ele estava para ser ressuscitado dentre os mortos "em três dias" (João 2:19), isto não poderia ser mais do que 72 horas. Para harmonizar estas varias afirmações não parece sem razão entender que o período de tempo foi exatamente 72 horas. Afinal de contas, Deus e um Deus de EXATIDÃO. Ele faz tudo corretamente dentro do prazo. Nada com Ele e acidental.

Foi "na plenitude do tempo" nem um ano adiantado demais, ou um ano atrasado demais”"Deus enviou seu Filho" (Gal. 4:4). O tempo para sua unção foi preordenado e falado pelo profeta Daniel, como foi também o tempo quando ele seria "cortado" pelos pecados do povo. Aqueles que tentaram mata-lo antes disto, falharam pois seu "tempo" não havia vindo ainda (João 7:8). E não somente ^Q ano e o tempo de sua morte, mas a própria hora era uma parte do plano divino. "Pai", Jesus orou, "e chegada a hora.." (Joao 17:1).

Uma vez que houve uma hora exata para ele nascer, uma hora exata para sua unção, uma hora exata para seu ministério começar, uma hora exata para sua morte, não temos qualquer problema em crer que houve também período de tempo exato entre seu sepultamento e sua ressurreição - 72 horas exatamente. Se isto e verdade, entao a ressurreiçao aconteceu ao mesmo tempo do dia que Jesus foi sepultado”somente tres dias depois. Que hora do dia foi esta?

Jesus morreu um pouco depois da "hora nona" ou três da tarde (Mateus 27: 46-50). "Os judeus, porque era a preparação, para que os corpos não permanecessem sobre a cruz no dia de sabado (pois aquele dia de sábado era grande), rogaram a Pilatos que se Ihes quebrassem as pernas, e fossem tirados dali...mas vindo a Jesus, e vendo que ja estava morto" (João 19: 31-33). Por este tempo, "ao cair da tarde" (Mc 15: 42), ja era bastante avanSada a hora. A lei dizia: "O seu cadaver nao permanecera toda a noite no madeiro, mas certamente o entererraras no mesmo dia" (Deut. 21: 23). No tempo que restou naquele dia. antes do por-do-sol, antes do grande dia de sábado começar, José de Arimateia obteve permissão para remover o corpo. Ele e Nicodemos prepararam o corpo para o sepultamento com roupas de linho e especiarias, e colocaramno em um tumulo ali perto (João 19:38-42)” tudo isto sendo completado ai pelo pôr-do-sol.

Se a ressurreiçao aconteceu ao mesmo tempo do dia de quando Jesus foi sepultado”somente três dias depois”isto colocaria a ressurreiçao perto do por-do-sol, não ao nascer do sol, como comumente se entende que foi. Uma ressurreiçao ao nascer do sol exigiria uma noite extra” três dias e quatro noites. Este não foi o caso, e claro. Aqueles que vieram ao sepulcro ao nascer do sol, em lugar de testemunhar a ressurrei^Sao naquela hora exata, descobriram que o tumulo já estava vazio (Mc. 16: 2.). A narrativa de Joao nos conta que Maria Madalena veio ao tumulo quando "ainda era ESCURO" no primeiro dia da semana e Jesus NAO estava la (Joao 20: 1,2.).

Os escritores falam de varias diferentes visitas feitas pelos discípulos ao sepulcro naquele primeiro dia da semana. Em TODAS as ocasioes, eles encontraram o sepulcro VAZIO! Um anjo disse "Ele não esta aqui: ressuscitou como havia dito" (Mat. 28: 6). O primeiro dia da semana foi quando os discípulos descobriram que ele havia ressuscitado (Lucas 24: 1,2,etc.), mas em nenhum lugar a Bíblia diz realmente que foi esta a hora da ressurreicao.

O único versículo que parece ensinar uma ressurreição no Domingo de manha e Marcos 16:9. "Ora, havendo Jesus ressurgido cedo no primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena.." Mas este versículo não diz que cedo no primeiro dia Jesus estava "ressuscitando" ou "ressuscitou" naquela hora. Diz que quando veio o primeiro dia da semana, ele "ESTAVA RESSUSCITADO" o verbo no tempo perfeito.

Desde que não havia quaisquer sinais de pontuação nos manuscritos gregos dos quais nosso Novo Testamento foi traduzido, a frase "cedo no primeiro dia da semana" poderia tao corretamente ”e alguns acham que ate mais corretamente”estar ligada com o tempo que Jesus apareceu a Maria. Simplesmente colocando a virgula apos a palavra "ressuscitado" este versículo poderia ser: "Agora, quando Jesus estava ressuscitado, cedo no primeiro dia da semana ele apareceu primeiro a Maria Madalena" Este parece ser o significado original pretendido, pois os versículos que se seguem mostram que Marcos estava registrando as varias aparições que Jesus fez, não explicando em que dia a ressurreicao aconteceu.

Quando o domingo de manha veio, Jesus já havia ressuscitado, tendo a ressurreição acontecido um pouco antes do por-do-sol do dia anterior. Contando para trás três dias, isto nos levaria para a Quarta-Feira. Isto contaria três dias e três noites entre o sepultamento e a ressurreição de Cristo? Sim. Quarta-Feira a noite, QuintaFeira a Noite e Sexta-Feira a Noite”tres noites; também QuintaFeira, Sexta-Feira, e Sabado”tres dias. Isto faria um total de exatamente três dias e três noites ou 72 horas. Um dia apos a QuartaFeira seria Quinta-Feira, dois dias apos a Quarta-Feira seria Sexta-Feira, e "o terceiro dia" apos a Quarta-Feira seria Sábado.

As palavras dos dois discípulos no caminho de Emaus são um pouco difíceis. "Ora, nos esperavamos que fosse ele quem havia de remir Israel; e, alem de tudo isso, e ja hoje o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram" (Lc. 24: 21). Porque Jesus apareceu a estes discípulos no primeiro dia da semana (versículo 13), e este era "o terceiro dia desde que estas coisas aconteceram", isto não indicaria que Jesus morrera na Sexta-Feira? Depende de como contarmos. Se partes de um dia forem contados como um todo, a Sexta-Feira poderia entrar.em cogitação. Por outro lado, um dia "desde" a Sexta-Feira seria Domingo, e o terceiro dia desde a Sexta-Feira, teria sido a Segunda-Feira! Este método de contar não indicaria a Sexta-Feira.

Procurando oferecer uma explicaSao, submeto o seguinte: Eles haviam conversado a respeito de "tudo aquilo que havia sucedido" (versiculo 14) mais do que simplesmente um acontecimento. Se "estas coisas" incluíam a prisão, a crucificação, o sepultamento, e a colocação do selo e a guarda sobre o sepulcro, todas estas coisas nao foram feitas ate a Quinta-Feira. Jesus, temos observado, foi crucificado na "preparação" (Quarta-Feira). "No dia seguinte (Quinta-Feira) que seguia-se ao dia da preparacao, os sacerdotes principais e os fariseus vieram juntos a Pilatos, dizendo, "Senhor, lembramo-nos de que aquele embusteiro, quando ainda vivo, afirmou: Depois de três dias ressurgirei. Manda, pois, que o sepulcro seja guardado com segurança até o terceiro dia; para não suceder que, vindo os discípulos, o furtem" (Mat. 27: 62-66). Por esta razão, o sepulcro estava selado e guardado. "Estas coisas" não foram completamente terminadas”nao foram "feitas" ”ate que o sepulcro fosse selado e guardado. Isto aconteceu, como já temos visto, na Quinta-Feira daquela semana, o grande dia. Domingo, então, teria sido "o terceiro dia desde que estas coisas foram feitas", mas não o terceiro dia desde a crucificação.

Desde que Jesus foi crucificado no dia antes do "sabbath", podemos entender porque alguns tem pensado na Sexta-Feira como o dia da crucificação. Mas o "sabbath" que seguiu-se a sua morte nao foi o "sabbath" semanal, mas um "sabbath" anual" pois eragrande o dia daquele sábado" (João 19: 14,31). Este "sabbath" poderia cair em qualquer dia da semana e naquele ano veio aparentemente na Quinta-Feira. Ele foi crucificado e sepultado no dia da preparação (Quarta-Feira), o dia seguinte foi o grande dia do sabado (Quinta-Feira). Entendendo que houve naquela semana dois "sabbaths" ou sabados, fica explicado como Cristo poderia ser crucificado no dia antes do sábado e já estava ressuscitado do sepulcro quando o dia depois do sábado veio - ainda assim cumprindo seu sinal de três dias e três noites.

Uma cuidadosa comparação de Marcos 16: 1 com Lucas 23: 56 fornece posterior evidencia que houve dois sábados naquela semana ”com um dia comum entre os dois. Marcos 16: 1 diz: "E quando passou o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo" Este versículo afirma que foi apos o sábado quando estas mulheres comprararn suas especiarias. Lucas 23: 56, contudo, afirma que elas prepararam as especiarias e depois de prepara-las, descansaram no sábado: "Então voltaram e preparararn especiarias e unguentos. E no sábado repousaram, conforme o mandamento. Um versículo diz que foi depois do sábado que as mulheres compraram as especiarias; o outro versículo diz que elas prepararam as especiarias antes do sábado. Uma vez que não podiam preparar as especiarias ate primeiro as terem comprado, a evidencia de dois sábados diferentes naquela semana parece conclusiva.

Escrevendo na revista Eternity, seu editor, Donald Grey Barnhouse, afirmou: "Eu pessoalmente tenho sempre sustentado que houve dois Sabbaths na ultima semana de nosso Senhor”o Sabbath do Sábado e o Sabbath da Pascoa, sendo este ultimo na Quinta-Feira. Eles se apressaram para tirar seu corpo apos uma crucificacao na Quarta-Feira e ele esteve três dias e três noites (pelo menos 72 horas) no sepulcro" Ele cita evidencia dos Pergaminhos do Mar Morto que colocaria a Ultima Ceia na Terça-Feira. Nem toda a tradicao tem favorecido uma'crucificacao na Sexta-Feira. Ele cita de um jornal Catolico Rornano publicado na Franca que "uma antiga tradicao crista, atestada pelo "Didascalia Apostolorum" como também por Epifânio e Vitorino de Pettau (morto em 304) da a tarde da Terca-Feira como a data da Ultima Ceia e prescreve um jejum para a Quarta-Feira para comemorar a captura de Cristo".

Embora defendendo fortemente a crucificacao na Sexta-Feira, a The Catholic Encyclopedia diz que nem todos os eruditos tem acreditado desta maneira. Epifânio, Lactancio, Wescott, Cassiodoro e Gregorio de Tours são mencionados como rejeitando a SextaFeira como o dia da crucificação.

Em seu livro Perguntas da Bíblia Respondidas, W. L. Pettingill, da esta questao e responde: "Em que dia da semana foi nosso Senhor crucificado? Para nos e perfeitamente obvio que a crucificacao foi na Quarta-Feira" A The Companion Bible, publicada pela Oxford University Press, em seu Apendice 156 explica que Cristo foi crucificado na Quarta-Feira.

Em sua Bíblia Anotada e Com Referencias de Dake, Finis Dake tem dito a respeito de Mateus 12:40: "Cristo estava morto durante três dias e três noites completos. Ele foi colocado na sepultura na Quarta-Feira, um pouco antesdo por-do-sol e ressuscitou ao fim do Sábado, ao por-do-sol.... Nenhuma afirmacao diz que Ele foi sepultado na Sexta-Feira ao por-do-sol. Isto o deixaria no sepulcro somente um dia e uma noite, provando que suas proprias palavras não eram verdadeiras."

As referências dadas aqui citadas de varios ministros são de especial significado, uma vez que esta crença não era a posição geralmente aceita por varias organizacoes eclesiasticas com as quais eles estiveram afiliados. Em tais casos, homens falararn de suas convicções, não somente de suas conveniencias. Tal foi o caso de R.A. Torrey, notável evangelista e deão de instituto bíblico, cujas palavras (escritas em 1907) resumem muito bem a posicao basica que temos apresentado aqui."... De acordo com a tradicao comumente aceita da igreja, Jesus foi crucificado na Sexta-Feira... e ressuscitou dos mortos muito cedo na manha do Domingo seguinte. Muitos leitores da Bíblia ficam intrigados para saber como e que o intervalo entre a Sexta-Feira de tarde e o Domingo de manha pode ser figurado como três dias e três noites. Parece antes serem duas noites, um dia e uma porção muito pequena de outro dia.

"A solução desta aparente dificuldade proposta por muitos comentaristas e que "um dia e uma noite" e simplesmente uma outra maneira de dizer "um dia", e que os antigos judeus reconheciam uma fração de dia como um dia inteiro... Há muitas pessoas para quem esta solucao não satisfaz de modo algum, e o escritor e livre em confessar que isto não o satisfaz ao todo. Isto me parece um artificio...

"A Bíblia em nenhum lugar djz ou implica que Jesus foi crucificado e morreu na Sexta-Feira. Diz-se que Jesus foi crucificado "no dia antes do Sabbath"... Agora a Bíblia não nos deixa especular em relação a que sábado se refere nesta ocasião... não foi o dia antes do sábado semanal - ou seja - Sexta-Feira, mas foi no clia antes do sábado Pascal, que veio este ano na Quinta-Feira”ou seja, o dia em que Jesus Cristo foi crucificado foi a Quarta-Feira. João deixa isto tão claro como o dia.

"Jesus foi sepultado um pouco antes do pôr-do-sol na Quarta-Feira. Setenta e das horas depois... ele ressuscitou do túmulo. Quando as mulheres visitaram o sepulcro um pouco antes da aurora, de madrugada, elas encontraram o sepulcro já vazio.

"Não existe absolutamente nada em favor da crucificação na Sexta-Feira, mas tudo nas Escrituras estão perfeitamente harmonizado pela crucificação na Quarta-Feira. É notável quantas passagens proféticas e tipicas do Velho Testamento são cumpridas e quantas aparentes discrepancias nas narrativas do evangelho são acertadas quando de uma vez para sempre viemos a entender que Jesus morreu na Quarta-feira, e não na Sexta-Feira."

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