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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Um Sacerdócio Solteiro

MAS O ESPIRITO EXPRESSAMENTE DIZ que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência; PROIBINDO O CASAMENTO.." (I Timóteo 4: 1-3)

Nesta passagem, Paulo avisou que ocorreria um desvio da verdadeira fé mais tarde, ou nos últimos tempos. "Isto não implica necessariamente as últimas eras do mundo", escreve Adam Clarke em seu notável comentário, "mas quaisquer tempos após aqueles nos quais a Igreja então vivia". Realmente, este desvio da fé, como aqueles que conhecem Historia entendem, aconteceu la atrás nos primeiros séculos.

Os primeiros cristãos reconheceram que a adoração de deuses pagãos era a adoração a demônios (I Cor. 10: 19,21). Segue-se, então, que o aviso de Paulo a respeito das "doutrinas de demônios" poderia certamente referir-se aos ensinamentos dos mistérios pagaos. Ele fez menção especial a doutrina de "proibir o casamento". Na religião dos mistérios, esta doutrina não se aplicava a todas as pessoas. Era, em vez disto, uma doutrina de celibato sacerdotal. Tais sacerdotes solteiros, indica Hislop, eram membros das mais altas ordens do sacerdócio da rainha Semiramis. "Estranho como possa parecer, ainda assim a voz da antiguidade atribui a rainha abandonada a invenção do celibato clerical, e isto em sua forma mais estrita."

Nem todas as nações para as quais a religião dos mistérios se espalhou, exigiu o celibato-sacerdotal, como no Egito, onde os sacerdotes tinham permissão de casar-se. Mas, "todo erudito sabe que quando a adoração de Cibele, a Deusa Babilônica, foi introduzida na Roma Paga, ela foi introduzida em sua forma primitiva, com seu celibato clerical"3 Em lugar da doutrina de "proibir o matrimonio" promovendo a pureza, contudo, os excessos cometidos pelos sacerdotes solteiros da Roma paga foram tão horríveis que o Senado achou que eles deveriam ser expulsos da republica romana. Mais tarde, após o celibato clerical tornar-se estabelecido na Roma papal, problemas semelhantes surgiram. "Quando o papa Paulo V procurou suprimir os bordeis licenciados na "Santa Cidade", o Senado Romano fez uma petição contra esse proposito tornar-se vigente, argumentando que a existência de tais lugares era a única maneira de evitar que os sacerdotes seduzissem suas mulheres e filhas".

Roma, naqueles dias, era uma "cidade santa" somente de nome. Relatórios estimaram que havia em torno de 6.000 prostitutas nessa cidade, com uma população que não excedia 100.000. Os historiadores contam que "todos os eclesiásticos tinham amantes, e todos os conventos da Capital eram casas de má fama. Um pequeno lago em Roma estava situado perto de um convento. Esse foi drenado por ordem do papa Gregório. No fundo foram encontrados mais de 6.000 crânios de bebes.

O cardeal Peter D"Ailly afirmou que não podia descrever a imoralidade dos conventos de freiras, e que "tomar o véu" era simplesmente outra maneira de tornar-se uma prostituta publica. Os violamentos eram tao horríveis no nono seculo, que São Teodoro Studita proibiu ate mesmo animais fêmeas na propriedade do mosteiro! No ano de 1477, danças noturnas e orgias eram realizadas no claustro católico em Kercheim, que são descritas na historia como sendo piores do que aquelas vistas nas casas publicas de prostituição. Os padres vieram a ser conhecidos como "os maridos de todas as mulheres". Alberto, o Magnifico, arcebispo de Hamburg, exortou seus padres: "Si non caste, tamen caute" (Se não puderem ser castos, pelo menos sejam cuidadosos). Outro bispo alemão começou a cobrar dos padres em seu distrito um imposto para cada mulher que eles tinham e para cada filho que nascia. Ele descobriu que havia onze mil mulheres conservadas como amantes pelos clérigos de sua diocese.

A The Catholic Encyclopedia diz que a tendencia de alguns de reunir estes escândalos e exagerar os detalhes "e pelo menos tao marcante quanto a tendencia por parte dos apologistas da Igreja de ignorar estas paginas desconfortáveis da Historia "! Como com tantas coisas, não duvidamos que extremos tem existido em ambos os lados. Descobrimos também que com relatórios de conduta imoral existe a possibilidade de exagero. Mas, mesmo permitindo isto, os problemas que tem acompanhado a doutrina de "proibir o matrimonio" são muito óbvios para serem ignorados. A The Catholic Encyclopedia, embora procurando explicar e justificar o celibato, admite que tem havido muitos abusos. "Não temos qualquer desejo de negar ou colocar um paliativo sobre o nível muito baixo de moralidade no qual, em diferentes períodos da historia mundial, e em diferentes países chamando-se a si mesmos de cristãos, o sacerdócio católico tem afundado... a corrupção foi espalhada... Como poderia ser de outra maneira, quando foram introduzidos no bispado em toda parte homens de natureza brutal e paixões indomáveis, que deram o pior exemplo ao clero sobre o qual governavam?... Um grande numero do clero, não somente sacerdotes mas bispos tambem, abertamente tomavam esposas, e geravam filhos a quem transmitiam seus benefícios".

Não existe regra na Bíblia que exija que um ministro seja solteiro. Os apóstolos eram casados (I Cor. 9: 5) e um bispo tinha que ser "o marido de uma só mulher" (I Tim. 3: 2). Até mesmo a The Catholic Encyclopedia diz, "Não encontramos no Novo Testamento qualquer indicação que o celibato era compulsório ou para os apóstolos ou para aqueles a quem eles ordenavam". A doutrina de "proibir o matrimonio" desenvolveu-se somente gradualmente dentro da Igreja Católica. Quando a doutrina do celibato começou primeiro a ser ensinada, muitos dos sacerdotes eram homens casados. Havia alguma questão, embora, se um sacerdote cuja esposa morresse deveria casar-se novamente. Uma regra estabelecida no Concilio de Neo-Cesareia em 315 "absolutamente proibia que um sacerdote contratasse um novo casamento sob a pena de deposição" Mais tarde, "em um concilio romano convocado pelo papa Siricio em 386 foi passado um edito proibindo que os sacerdotes e diáconos tivessem relações sexuais com suas mulheres e o papa tomou os passos para ter o decreto reforçado na Espanha e em outras parte do cristianismo". Nessas afirmações da The Catholic Encyclopedia o leitor cuidadoso notara as palavras "proibir" e "proibindo". A palavra "proibindo" e a mesma palavra que a Bíblia usa quando adverte a respeito de "proibir o matrimonio" - mas exatamente no sentido oposto! A Bíblia chama a proibição do casamento uma "doutrina de demônios."

Tomando todas estas coisas em consideração, podemos ver como a predição de Paulo (I Tim. 4: 1-3) se cumpriu. Veio um desvio de fé original? Sim. As pessoas deram ouvidos a doutrinas pagas, doutrinas de demônios? Sim. Foram os padres proibidos de casar? Sim. E por causa desse celibato forcado, muitos desses sacerdotes terminaram tendo suas "consciências cauterizadas" e "falaram mentiras em hipocrisia" por causa da imoralidade na qual caíram. A Historia tem mostrado o cumprimento de cada parte da profecia!

A doutrina de proibir os sacerdotes de se casarem veio a encontrar outras dificuldades no passar dos seculos, por causa do confessionário. E fácil de se ver que a pratica de moças e mulheres confessarem suas fraquezas morais e desejos a sacerdotes solteiros poderia facilmente resultar em muitos abusos. Um ex-sacerdote, Charles Chiniquy, que viveu no tempo de Abraham Lincoln e teve amizade pessoal com ele, da um relato completo de tal corrupção, em conexão com o confessionário, junto com casos verdadeiros, em seu livro "O Padre, a Mulher e o Confessionário". Não estamos sugerindo que todos os padres deveriam ser julgados pelos erros ou pecados de alguns. Não duvidamos que muitos sacerdotes tem sido muito dedicados aos votos que tem tomado. Não obstante, "os incontáveis ataques" (para usar o palavreado da The Catholic Encyclopedia) que tem sido feitos contra o confessionário não foram, em muitos casos, algo sem base. Que a doutrina da confissão tem causado dificuldades para a igreja romanista, de uma maneira ou de outra, parece estar implícito pelo palavreado da The Catholic Encyclopedia. Apos mencionar os "incontáveis ataques" ela diz, "Se na Reforma ou desde que a Igreja resolvesse deixar de lado uma doutrina ou abandonado uma pratica pela causa da paz e para amaciar um "dito duro", a confissão seria a primeira a desaparecer".

Em um artigo no qual as palavras são muito bem escolhidas, a The Catholic Encyclopedia explica que o poder de perdoar pecados pertence somente a Deus. Não obstante, ele exerce este poder através dos sacerdotes. Uma passagem em João (20: 22,23) e interpretada para significar que um padre pode perdoar ou recusar o perdao dos pecados. Para que ele tome esta decisao, os pecados "especificamente e em detalhes" (de acordo com o Concilio de Trento) devem ser confessados a ele. "Como pode ser feito um julgamento sábio e prudente se o padre estiver em ignorancia da causa sobre a qual o julgamento e pronunciado? E como pode ele obter o conhecimento exigido, a menos que venha de uma informação especifica do pecador?" Tendo dado aos padres a autoridade de perdoar pecados, e inconsistente acreditar-se, diz o artigo, que Cnsto "teve a intenção de fornecer outros meios de absolvição, tais como confessar "a Deus somente'"' A confissão a um padre por aqueles que cometem pecado após o batismo e "necessária para a salvação".

Existe um tipo de confissao que a Biblia ensina, mas nao e confissao a um padre solteiro! A Bíblia diz, "Confessai vossas faltas uns aos outros" (Tiago 5:16). Se este versiculo pudesse ser usado para dar apoio a ideia católica da confissão, entao nao somente as pessoas deveriam confessar aos padres, mas os padres deveriam tarnbem confessar seus pecados ao povo! Quando Simão de Samaria pecou, depois de ter sido batizado, Pedro não lhe disse para confessar a ele. Ele não disse para rezar a "Ave Maria" certo numero de vezes por dia. Pedro disse a ele para "orar a Deus" pedindo perdão (Atos 8:22)! Quando Pedro pecou, confessou a Deus e foi perdoado; quando Judas pecou, confessou a um grupo de sacerdotes e cometeu suicídio! (Mat. 27:3-5).

A ideia de confessar a um sacerdote não veio da Bíblia, mas veio da Babilônia! A confissão secreta era exigida antes da iniciação completa dentro dos mistérios babilônicos. Uma vez que tal confissão fosse feita, a vitima ficava amarrada de pés e mãos aos sacerdotes. Não pode haver qualquer duvida que as confissões eram feitas na Babilônia, pois foi por essas confissões registradas - e somente através delas - que os historiadores tem podido formular conclusões a respeito dos conceitos babilônicos do certo e do errado.

A ideia babilônica de confissão era conhecida em muitas partes do mundo. Salverte escreveu a respeito desta pratica entre os gregos. "Todos os gregos, de Delfos até às Termopilas, eram iniciados nos mistérios do templo de Delfos. O silencio deles em relação a tudo o que eram mandados guardar segredo, era assegurado pela comissão geral realizada pelos aspirantes apos a iniciação'' Certos tipos de confissão eram também conhecidos nas religiões da Medo-Persia, do Egito e de Roma - antes do alvorecer do Cristianismo.

Negro e a cor distintiva das roupas do clero usados pelos padres da Igreja Católica Romana e algumas denominações protestantes também seguem este costume. Mas, por que roupas pretas? Pode algum de nos pensar em Jesus e seus apóstolos usando roupas negras? O preto tem por seculos se ligado a morte. As mortalhas, tradicionalmente, tem sido negras, o preto e usado por pessoas que choram nos funerais, etc. Se qualquer um sugere que o preto deveria ser usado em honra a morte de Cristo, nos deveríamos somente indicar que Cristo não esta mais morto!

Por outro lado, a Bíblia menciona certos sacerdotes de Baal que se vestiam de preto! A mensagem de Deus através de Sofonias foi esta: "Exterminarei deste lugar o resto de Baal, e o nome dos "quemarins com os sacerdotes" (Sofonias 1:4). Os "quemarins" eram sacerdotes que usavam roupas negras. Este mesmo título e traduzido "sacerdotes idolatras" em outra passagem a respeito da adoração de Baal (11 Reis 23:5). Adam Clarke diz, "Provavelmente era uma ordem feita pelos reis idolatras de Judá, e chamados quemarins, de camar que significa ser... feito escuro, ou negro, porque seu negocio era constantemente assistir os fogos sacrificiais, e provavelmente usavam paramentos negros: ate os judeus, fazendo mofa, chamam os ministros cristãos de, quemarins, por causa de suas roupas pretas e paramentos. Por que deveriamos imitar, em nossas roupas sacerdotes, a daqueles sacerdotes de Baal, e estranho de pensar e duro de dizer".

Outra pratica da igreja católica que também foi conhecida nos tempos antigos e entre povos não cristãos e a tonsura. A The Catholic Encyclopedia diz que a tonsura e "um rito sagrado instituído pela Igreja pelo qual...um cristão e recebido na ordem clerical, sendo raspado seu cabelo... Historicamente a tonsura não estava em uso na Igreja primitiva. Mesmo mais tarde, São Jeronimo (340-420) desaprovou que os clérigos raspassem a cabeça". Mas, em torno do seculo sexto a tonsura era bastante comum. O Concilio de Toledo fez dela uma regra estrita que todos os clérigos deviam receber a tonsura, mas hoje o costume não e mais praticado em muitos países.

É conhecido e reconhecido que este costume "não estava em uso na Igreja primitiva" Mas era conhecido entre as nações pagas! Buda raspou a cabeça em obediência a um suposto comando divino. Os sacerdotes de Osíris no Egito eram distinguidos por suas cabeças raspadas. Os sacerdotes de Baco recebiam a tonsura. Na Igreja Católica, a forma de tonsura usada na Bretanha era chamada a Céltica, com apenas uma porção de cabelo sendo raspada na frente da cabeça. Na forma oriental toda a cabeça era raspada. Mas na forma Romana, chamada a tonsura de São Pedro, era usada a tonsura redonda, deixando cabelos somente ao redor das bordas da porção superior da cabeça calva. A tonsura céltica dos padres na Bretanha era ridicularizada como sendo a tonsura de Simão o Mago. Mas, por que Roma insiste na tonsura redonda? Podemos não ter a resposta completa, mas sabemos que essa era "uma antiga pratica dos sacerdotes de Mitra, que em suas tonsuras imitavam o disco solar. Como o deus-sol era o grande deus que se lamentava, e tinha seu cabelo cortado em um formato circular, e os sacerdotes que o lamentavam tinham seu cabelo cortado de forma semelhante, assim também em diferentes países aqueles que lamentavam os mortos e cortavam o cabelo em honra a eles, o cortavam de forma circular"! Que este era um antigo costume, conhecido ate nos tempos de Moisés - pode ser visto bem dentro da Bíblia. Isto foi proibido para os sacerdotes: "Não farão calva em sua cabeça" (Lev. 21:5). E que tal "calva" era a tonsura redonda, parece implicar de Levitico 19:27: "Nao cortareis o cabelo, arredondando os cantos da vossa cabeça".

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