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sexta-feira, 4 de maio de 2012

CRISTIANISMO, JUDAÍSMO MESSIÂNICO E JUDAÍSMO NAZARENO - PARTE III

Por Sha’ul Bentsion(Baseado parcialmente em estudo do Rav. Moshe Koniuchowsky) 


17 – CIRCUNCISÃO (B’RIT MILÁ) 

- O Judaísmo Messiânico não é unânime nesta questão. Alguns grupos defendem que os“gentios” não precisam se circuncisar, e que este seria o exemplo de mais uma mitsvá(mandamento) que só seria relevante para os judeus. Outros grupos defendem que apenas os“gentios que se convertem ao judaísmo” (vide tópico sobre conversão) devem se circuncisar. Outros grupos ainda defendem que a circuncisão, como toda mitsvá (mandamento) do Eterno,é para todos. O que esses grupos têm em comum, diferente do Cristianismo tradicional, é que reconhecem que um “gentio” pode se circuncisar, coisa que para o Cristianismo tradicional muitas vezes é vista como sendo “cair da graça”. A questão daqueles que foram circuncidados por questões de saúde também varia muito. Alguns grupos defendem o ritual de “Hatafat Dam”,que passa pela extração de uma gota de sangue do pênis para poder tornar a circuncisão“kasher”, isto é, própria segundo as leis rabínicas. Outros grupos dizem que isto não é necessário, e que basta a pessoa passar a aceitar sua própria circuncisão. 

- O Cristianismo tradicional não reconhece a circuncisão apesar de Gênesis 17 deixar claro que todos os que são da casa de Avraham, naturais ou “comprados”, deveriam ser circuncisados.Existem dois motivos para isto: o primeiro seria relacionado à doutrina de que as leis de D-us teriam sido abolidas. O segundo está no fato de não compreenderem a questão de Rav. Sha’ul(Paulo) ter sido contra a circuncisão por legalismo, que muitas vezes nem mesmo era uma“circuncisão”, mas sim o ritual de “Hatafat Dam” para serem aceitos no Judaísmo Rabínico. Por perder a identidade semita de sua fé, o Cristianismo acabou caindo numa não-compreensão desta questão. 

- O Judaísmo Nazareno não só vê a circuncisão como sendo uma mitsvá (mandamento)pertinente a todos, como também reconhece nela uma grande importância no processo de restauração da identidade dos efraimitas. O Judaísmo Nazareno concorda com o Judaísmo Messiânico e com o Cristianismo que a circuncisão não é questão de salvação. Porém, assim como a passagem pelo mikveh (batismo), é uma questão de demonstração de obediência. Ospais tementes ao Eterno têm a responsabilidade de circuncisar seus filhos homens ao oitavo dia do nascimento. No caso de um adulto, de acordo com a ordem dos fatores estabelecida em Atos 15, deve se circuncisar tão logo adquira certa independência em sua compreensão da Torá. Aos que já são circuncidados por questões de saúde, rejeita-se a noção de que seria necessário o ato de “Hatafat Dam” (extração de sangue), que para o Judaísmo Nazareno éuma lei rabínica sem base bíblica. 


18 – HALACHÁ 

- A halachá consiste em decisões rabínicas acerca do cumprimento de uma mitsvá(mandamento). Por exemplo: a Torá fala que “é proibido trabalhar no Shabat”. A halachá diria oque significa “trabalhar no Shabat”, e assim por diante. O Judaísmo Messiânico respeita emuitas vezes aceita a halachá rabínica, muitas vezes com status de mitsvá (mandamento). Aobediência à halachá tradicional muitas vezes varia de congregação para congregação, e também de acordo com a conveniência da mesma. Como o Judaísmo Messiânico luta para ser reconhecido como a quarta grande ramificação do Judaísmo (depois do Ortodoxo, Conservador e Reformista), isto pode culminar no aceitar grande parte da halachá rabínica tradicional, comgrande parte de suas leis rabínicas. 

- Se o Cristianismo rejeita quase todas as mitsvot (mandamentos) da Torá, obviamente rejeita ahalachá rabínica. Contudo, muitas vezes inconscientemente, acaba adotando um preceito semelhante no que diz respeito às tradições romanas. Muitas tradições estabelecidas por Roma hoje são dogmáticas para as igrejas cristãs, em maior ou menor grau de acordo com cada igreja. O preceito é muito semelhante, embora em não tão grande escala, ao da halachá rabínica. 

- O Judaísmo Nazareno vê a questão da halachá como sendo diferente. O Judaísmo Nazarenocrê que Yeshua deu a seus seguidores a autoridade para fazerem halachá (vide Mt. 18:18). Porém, crê também na proibição explícita que existe na Torá para com adições à mesma. O Judaísmo Nazareno portanto crê que a halachá seja como jurisprudência e não lei. Ou seja: o objetivo é auxiliar e orientar aos que temem ao Eterno sobre como viverem na constituição que D-us nos deu, que é a Torá. Contudo, o Judaísmo Nazareno rejeita a noção de que uma“violação à halachá” seja pecado, ou seja igual à violação à Torá, pois a halachá não temstatus de lei. A halachá deve ser um benefício, um auxílio para o povo, e não um jugo, como muitas vezes o é a halachá rabínica. O Judaísmo Nazareno reconhece que muitas vezes ahalachá rabínica acerta, mas em muitas outras perde o espírito da coisa, erra, e se torna um fardo. Portanto crê que os nazarenos devem ter sua própria halachá. A halachá rabínica possuiinstruções valiosas, mas deve ser revista aos olhos dos ensinamentos de Yeshua, e da própriaTorá (pois frequentemente a halachá rabínica viola a Torá escrita). Em suma, a halachá nazarena seria uma soma de decisões próprias com revisões das decisões rabínicas, porém todas elas colocadas em seu devido lugar, como apoio para a Torá, e não em substituição ou mesmo nível da mesma. 


19 – TEOLOGIA DA SUBSTITUIÇÃO REVERSA 

- O fenômeno da “teologia da substituição reversa” é extremamente comum no Judaísmo Messiânico. Chega a ser irônico, pois o Judaísmo Messiânico é dos mais ferrenhos opositores da teologia da substituição. Mas o que vem a ser este fenômeno? A teologia da substituição diz um corpo chamado “Igreja” substituiu Israel. Essa noção é rejeitada pelos messiânicos no que diz respeito à casa de Yehudá (Judá). Contudo, ao se recusarem a ver a questão da casa de Efraim, os messiânicos condenam os efraimitas a não terem como restaurar suas origens (anão se que passem por “conversão ao Judaísmo”), forçando-os a serem apenas parte do corpo chamado “Igreja”, e não de Israel. Ou seja, é como se a “Igreja” tivesse engolido e substituído aEfraim, mas a não a Yehudá (Judá). Isto é o fenômeno da teologia da substituição reversa. A casa de Efraim, isto é, as 10 tribos, é tão semita e tão parte de Israel quanto Yehudá. E, noentanto, através deste ato de não-reconhecimento do processo de restauração de Efraim, o Judaísmo Messiânico tragicamente pratica contra eles o anti-semitismo (isto é: rejeita a origem semita de Efraim) através desta teologia da substituição reversa. 

- Para o Cristianismo tradicional, esta não é uma questão relevante, pois costuma pregar a teologia da substituição para todo o Israel, quer Yehudá (Judá) quer Efraim. Os chamados“israelitas remanescentes” ou até mesmo os “reenxertados” agora fariam parte da “Igreja”, que seria o “Israel Espiritual”. É um modelo exatamente reverso do que descreve Rav. Sha’ul(Paulo) em Romanos 11. 


- O Judaísmo Nazareno é radicalmente contra qualquer tipo de teologia da substituição,incluindo nisto a sutil “Teologia da Substituição Reversa”. Ao proclamar que as duas Casas de Israel estão sendo gradativamente restauradas no Messias Yeshua, nenhuma Casa é ignorada,rejeitada, substituída, vista como inferior ou como superior, nem tampouco é uma das casas,ou ambas, substituídas por uma instituição fictícia e inventada pelo homem chamada de “a Igreja”. A “Igreja” na concepção cristã não existe. A única “Igreja” que foi fundada pelo Eterno foi fundada no Sinai, e é chamada de Israel. Não existe nos planos do Eterno, conforme fica bem claro ao longo das Escrituras, principalmente dos Escritos dos Nevi’im (Profetas), qualquer outra instituição aos olhos do Eterno que não seja Israel. Aqueles que amam e seguem ao Eterno são parte de Israel, quer por serem naturais de Yehudá (Judá), Efraim, ou por seremisraelitas por opção. Estas pessoas foram um só povo, sem barreiras e sem divisões, e são unidos espiritualmente através dos laços de amor de Yeshua HaMashiach, em uma únicaentidade chamada de “Assembléia do Messias”, ou “Corpo do Messias”, que sempre foi e sempre será Israel. O Judaísmo Nazareno vê com grande preocupação o crescimento da“Teologia da Substituição Reversa” no meio messiânico. 


20 – ORDENAÇÃO 

- No Judaísmo Messiânico, não há um critério unânime para a ordenação. O que acaba ocorrendo é que, em muitas congregações, aqueles que foram ordenados no Cristianismo emigraram para o Movimento Messiânico mantêm suas ordenações como pastores. Contudo, só são reconhecidos como rabinos pelo Movimento Messiânico tradicional aqueles que são de origem judaica. Alguns grupos messiânicos só ordenam rabinos que sejam devidamente instruídos em Yeshivot (escolas de rabinos), outros grupos ordenam ‘rabinos’ a qualquer pessoa que tenha um mínimo de conhecimento, outros grupos ainda usam o título ‘rabino’como sendo sinônimo de pastor ou líder. 

- No Cristianismo tradicional, só são ordenados pastores aqueles que possuem instrução de alguma instituição. Não são vistos com bons olhos os “pastores” de algumas igrejas mais modernas que são ordenados mesmo sem terem instrução alguma. Existe, com relação ao Judaísmo Messiânico, o ponto positivo de que a ordenação não depende da origem étnica da pessoa. 

- No Judaísmo Nazareno, primeiramente não existe o reconhecimento da ordenação de outras religiões. Para que alguém seja ordenado no meio nazareno, deve ser instruído na fé nazarena.O Judaísmo Nazareno também reconhece, na falta de rabinos plenamente formados, um ancião da congregação, que esteja bem fundamentado na fé nazarena, pode liderar a congregação, porém se esta liderança for em caráter mais definitivo, deve estudar para obter formação plena. O Judaísmo Nazareno é firme na posição de que para uma pessoa se sagrar rabino deve possuir um bom nível de instrução. Porém, o Judaísmo Nazareno reconhece que qualquer pessoa que partilhe da fé nazarena pode se tornar um rabino, quer judeu, quer efraimita, quer israelita por opção. Não há base bíblica para a “distinção de berço” para a figura de um rabino. 


21 – MEMBRESIA 

- Embora isto não seja fato para todas as congregações messiânicas, a MJAA (MessianicJewish Alliance of America) só reconhece membresia total, com direito ao privilégio de voto, a quem seja judeu. Aos “gentios” é oferecido apenas o status de “associado”. Os associados da MJAA podem dar dízimo, ofertas, etc. mas não têm direito à membresia completa. A MJAA nãoconsidera esta posição como racista, mas sim como uma proteção da identidade judaica do movimento. Já a UMJC (Union of Messianic Jewish Congregations), a segunda organização mais importante do movimento messiânico, pensa diferente e dá direito de membresia total a qualquer pessoa que ame ao Eterno. 

- Neste ponto, novamente o Cristianismo está em vantagem com relação ao Judaísmo Messiânico. Nenhum membro é obrigado a dar certidão de nascimento, sobrenome ou provar linhagem para possuir status de membro em uma organização cristã. 

- A UNJS (Union of Nazarene Jewish Synagogues) também oferece membresia a qualquer pessoa que ame e siga ao D-us de Israel. A UNJS não vê com bons olhos o sistema de“associação para membros não-judeus” da MJAA, pois cria uma divisão no Corpo do Messias(Israel). A UNJS mantém que se uma pessoa é aceita por D-us como parte do Corpo do Messias (Israel), quer judeu, quer efraimita, quer israelita por opção, então essa pessoa também tem direito a pertencer a qualquer organização que alegue representar ao D-us de Israel. 


22 – A DIVINDADE DE YESHUA 

- Quando foi estabelecido, o Judaísmo Messiânico (o movimento moderno) era composto unicamente por homens que defendiam com unhas e dentes a divindade do Messias Yeshua. Isto é: o fato de que Yeshua é a manifestação física do Eterno. Contudo, a exemplo do que aconteceu historicamente com o Cristianismo, hoje em dia existem grupos que apostataram e o consideram como um ser divino porém separado do Eterno. Porém, ao contrário do que aconteceu com o Cristianismo, muitos destes grupos têm permanecido dentro do movimento messiânico, pondo em risco a sã doutrina do movimento. Deve haver uma ação em cima deste problema o mais rápido possível. Para citar um dos grandes líderes do movimento “esta[heresia] está destruindo o movimento.” 

- O Cristianismo neste ponto acerta ao considerar apóstatas os grupos que negam a divindade do Messias. A divindade do Messias também é uma doutrina fundamental do Cristianismo. 

- O Judaísmo Nazareno tem como pilar fundamental de fé o fato de que o Messias é uma manifestação do Eterno, e não um “deus à parte”. Para fazer parte da UNJS, toda congregaçãodeve professar essa verdade de fé sobre a divindade do Messias. Vários líderes e congregações tiveram seus pedidos de filiação rejeitados por não partilharem desta doutrina que consideramos fundamental no Judaísmo Nazareno. 


23 – OS ESCRITOS DOS NAZARENOS 

- O Judaísmo Messiânico também não possui uma posição bem definida quanto à origem dos manuscritos dos Escritos dos Nazarenos (isto é, o “Novo” Testamento). Alguns grupos crêem que os originais foram escritos em línguas semitas, isto é, em hebraico e/ou em aramaico, e consideram que isto é importante para entendermos a verdade das Escrituras. Outros grupos partilham desta crença, mas adotam os manuscritos gregos como sendo os mais próximos dos originais. Outros ainda, embora em menor número, crêem que o “Novo” Testamento foi escrito essencialmente em grego. 

- O Cristianismo tradicional, embora alguns grupos mais modernos discordem, crê que o “Novo”Testamento foi escrito fundamentalmente em grego. Alguns grupos crêem que houve umatradição oral em aramaico antes dos escritos se consolidarem em grego, mas a grande maioria mantém que a autoria foi em grego. 

- O Judaísmo Nazareno considera histórica, linguística e culturalmente impossível que o “Novo”Testamento tenha sido escrito em grego, visto que os escritores eram de origem semita. A crença na primazia hebraica e aramaica é vista como sendo fundamental para o esclarecimento de alguns pontos importantes da fé. Existem variações na opinião sobre quais sejam os manuscritos mais próximos dos originais, mas existe uma unanimidade na aceitação de que os originais tenham sido semitas. 

Natércia,Shalom! Não precisa me chamar de 'senhor', pois não estou acima de você. Só há um acima de nós: o Sagrado, Bendito seja Ele. Somos todos iguais. Com relação à diferença entre cristãos ou nazarenos, existem duas hipóteses: ou você está minimizando diferenças que nós consideramos vitais, ou então realmente suas crenças estão muito próximas das nossas. 

Primeiramente, devo dizer que jamais afirmei que "um cristão não pode ser do mesmo corpo que eu". Por favor não ponha palavras na minha boca. Cremos que muitos cristãos genuinamente buscam e procuram servir ao D-us de Israel, e têm a salvação.Muitos dentre estes são inclusive efraimitas. Porém, cremos que o povo vêm sendo enganado desde a fundação de Roma, através de teologias anti-semitas, anti-nomianas(contra a Lei de D-us), e até mesmo pagãs. A culpa é do povo, que busca sinceramenteadorar a D-us? É claro que não! Para com eles D-us agirá com misericórdia. Mas a mão de D-us pesará contra quem introduziu essas doutrinas estranhas no povo dEle, etambém contra aqueles (pastores, seminaristas, teólogos, etc.) que descobrem essa teia de enganos e nada fazem a respeito. O povo será salvo pela misericórdia de D-us, pois dizem as Escrituras: "Todo aquele que invocar o nome de YHWH será salvo". 

Isso inclui judeus zelosos, e cristãos. Isto posto, vamos às diferenças teológicas. Não vou aqui fazer apologia a elas, apenas citar algumas delas. Caso contrário o e-mail ficaria enorme. Você pode ver que argumentos temos para defender nossos pontos através dos artigos do grupo. 

Pequeno detalhe: estou tomando como base o Cristianismo tradicional. Existem, como vocêmesma afirmou, muitas vertentes do Cristianismo. Algumas mais próximas, outras mais distantes de nós. Espero que não se ofenda com o que vou te dizer. Procurarei ser o mais objetivo possível. Vamos lá: 

1 - Natureza de D-us 

Cristãos: Normalmente crêem que D-us é trino. 

Nazarenos: Crêem que D-us é um, e que a trindade é um modelo politeísta. 


2 - Lei e Graça 

Cristãos: Encaram ambos como opostos e crêem que antes imperava a Lei, e agoraestamos na Graça. A Lei de D-us é vista como um jugo. 

Nazarenos: Crêem que Lei e Graça não são opostos, mas complementares. Crêem queD-us sempre se relacionou com os homens pela Graça, e que a Lei de D-us é Eterna. ALei de D-us é vista como leve, agradável e um privilégio para nós. 


3 - Paulo 

Cristãos: Paulo falou contra a necessidade de observar a Lei de D-us, e alertou aos que querem observá-la para não caírem da graça. 

Nazarenos: Paulo falou contra a necessidade de observar as leis rabínicas, e alertou aos que dependem do legalismo rabínico para não caírem da graça. Paulo não falou contra aobservância da Lei de D-us, mas sim a favor dela. 


4 - A Nova Aliança 

Cristãos: Crêem que estamos vivendo a Nova Aliança e que portanto a "lei passou" 

Nazarenos: Crêem que Yeshua comprou a Nova Aliança, mas que a mesma ainda nãoestá em vigência. Vivemos a promessa da Nova Aliança, não a aliança em si. A aliança é comparável na Bíblia a um casamento. Estamos no noivado, e não nas bodas. 


5 - O Corpo do Messias 

Cristãos: Crêem que o Corpo do Messias é a Igreja Cristã. Essa Igreja seria compostamajoritariamente de crentes não-judeus, e de alguns judeus crentes em Yeshua. 

Nazarenos: Crêem que o Corpo do Messias sempre foi Israel, e é compostomajoritariamente por judeus e efraimitas. A maioria daqueles que verdadeiramente têm fé em Yeshua seriam efraimitas, descendentes das 10 tribos, restaurados conforme a promessa de D-us. Alguns outros seriam genuinamente gentios que se uniriam a Israel. 


6 - Israel 

Cristãos: Crêem que existe um Israel físico (judeus) e um Israel espiritual (cristãos). 

Nazarenos: Crêem que só existe um Israel, contendo naturais (judeus e efraimitas) eagregados. 


7 - Salvação 

Cristãos: Crêem que só os cristãos (isto é, quem crê em Cristo) serão salvos. Judeustradicionais quando morrem vão pro inferno. 

Nazarenos: Crêem que tanto cristãos quanto judeus tradicionais possuem errosdoutrinários. Porém, crêem que todo aquele que amar YHWH e invocar o seu nome serásalvo. Isso inclui nazarenos, messiânicos, cristãos e judeus tradicionais que possuam fé genuina em D-us. 


8 - Mandamentos 

Cristãos: Crêem que a maioria dos mandamentos foi abolida, restando apenas 12: os 9mandamentos (isto é, os 10 menos o Shabat), o amar ao próximo e a D-us, e omandamento dos dízimos. 

Nazarenos: Crêem que todos os mandamentos são eternos, e devemos observá-los omáximo que podemos. Alguns mandamentos não conseguimos cumprir (por não haver Templo), mas temos uma responsabilidade de fazermos o nosso melhor para cumprirmos os que conseguimos. 


9 - A Bíblia 

Cristãos: Crêem que existe um Novo e um Velho Testamento. O Novo seria aautoridade final para nossas vidas. O Velho é menos enfatizado. 

Nazarenos: Crêem que não existe Novo ou Velho Testamento, mas sim UMA Bíblia, igualmente inspirada. Crêem ainda que a revelação cronologicamente anterior serve de base para entendermos a posterior, e não o contrário. 


10 - Ótica Interpretativa 

Cristãos: Interpretam as Escrituras normalmente a partir de uma ótica do pensamento greco-romano 

Nazarenos: Interpretam as Escrituras através da ótica judaica, pois os escritores foram,em sua grande maioria, judeus. 


11 - Originais do NT 

Cristãos: Crêem que o NT foi escrito original e fundamentalmente em grego (emboraalguns creiam que partes possam ter sido escritas no aramaico) 

Nazarenos: Crêem que o NT foi escrito nas línguas semitas: hebraico e aramaico. Emalgumas passagens do NT, isto pode representar algumas diferenças importantes 


12 - Salvação pela Fé 

Cristãos: Normalmente enxergam a fé como sendo distinta das obras. A fé fica mais intelectualizada, e as obras seriam consequência da fé. Crêem que a salvação é só pelafé, e não por obras. 

Nazarenos: Concordam que a salvação é pela fé e não por obras. Porém, a fé no contexto judaico envolve confiança e atitude. Sem a atitude, a fé não existe (é morta). 


13 - Costumes Romanos 

Cristãos: O Cristianismo de um modo geral herdou uma série de costumes de Roma.Exemplos: Natal, páscoa, culto aos domingos, etc. Embora seja historicamente sabido que muitos destes costumes têm raízes no paganismo, os cristãos crêem que é maisimportante o sentido atual. 

Nazarenos: Crêem que o uso de costumes de origem pagã no serviço é abominação aosolhos do Eterno, e procuram se abster dessas práticas. 


14 – Arrebatamento 

Cristãos: Crêem que a Igreja Cristã será arrebatada no fim dos tempos. A maioria doscristãos da atualidade crê no pré-tribulacionismo, onde a Igreja Cristã é arrebatada,Israel que se lasque na tribulação, e depois Yeshua retorna em definitivo para salvar os judeus que ainda sobraram e que se converteram ao Cristianismo. 

Nazarenos: Crêem que o arrebatamento será após a tribulação, e que nada mais é do queo reajuntamento das tribos de Israel. Bom, essas são algumas das diferenças entre nazarenos e cristãos. Não sei se lembrei de todas neste momento, mas acho que já deu pra você ter uma idéia.

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